Eu Não Tenho Amor No Coração

sexta-feira, 13 de abril de 2012



Depois de muito tempo distante andei novamente zapeando por alguns espaços em busca de um pouco de informação sobre o que anda acontecendo no meio gospel. Visitei alguns blogs conhecidos e muito apreciados pela “boiada” evangélica. Claro que há alguns que nem me presto a aproximar, porque de tão “colifórmicos” toda vez que me aproximo fico alérgico . Uma das coisas que me chamou a atenção foi o grande número de criticas mal elaboradas, por alguns pastorzinhos amedrontados que somente agora estão percebendo que o seu reino de vaidades esta a ruir.

Deparei-me com um texto que em resumo dizia, “cuidado com os lobos que criticam os calvinistas”! Em outro blog, afirmava-se que embora pessoas como “eu” parecessem inteligentes, éramos instrumentos de satanás para desviar as pessoas do verdadeiro alvo. O engraçado foi o grande número de textos que defendiam a autoridade divina da instituição religiosa, alguns até mais ariscados. Os escritores destes textos eram tão “caras de pau” que diziam reconhecer que a instituição não era a igreja, mas voltavam para o dogma de forma sútil afirmando que ela fazia parte do “propósito divino” por isso também era imaculada e intocável.  

Surpreendeu-me o enorme número de “pseudos antropólogos” pagando uma de descolados, recheando as suas mídias de frases de impacto, por vezes usando de referencias e autores desconexos com o assunto, apenas apara impressionar o público pobre de intelectualidade, a sua porção da boiada. Um amigo me apresentou um blog de um “missionário” aqui de minha cidade, que se duvidar nem o secundário completo possui. O que achei divertido era que este se achava o verdadeiro antropólogo social, citando autores de forma a se perceber claramente que a proximidade que ele possuia com as bibliografias, foi de olhar  as capas dos livros no google image.  

Por desgraça acabei caindo em um blog de uma dita missionaria que vou colocar o nome fictício de “Trauilha Banheiro”.  A mesma cheia de ditos de impacto e textos “tipudos”, daqueles que se percebe nitidamente que a pessoa esta tentando impressionar e ganhar a opinião dos evangélicos. Depois de muito trololó, a mesma terminava coroando suas citações rasas, com pedidos de oferta para o filho gravar documentários na África. Em seguida subjetivava mais pedidos de grana para frequentar seminários nos EUA (assim que li não resisti, mandei a mesma arrumar trabalho). Pessoas como esta enganam a grande massa, com o pretexto de “Missões indígenas”. 

Mas a verdade é que não trabalham, passam o dia socados em uma boa casa dando cursinhos na “missão” (que para mim é uma chocadeira de hippies vadios), ganhando grana com palestras inúteis, vivendo à custa da boiada que cai no conto do vigário. Se questionados são arrogantes, sentem-se os doutores que na verdade só reinam no meio dos medíocres, pois são incapazes de assumir suas responsabilidades no que chamam de “meio secular”, lugar onde são verdadeiros fracassos. O brabo são os idiotas que investem sua grana e pagam as viagens destes pilantras por lugares paradisíacos.

Sei e sou convicto que não sou piedoso quando observo pessoas como estas. Segundo estes eu sou um cara invejoso que nunca possuiu fé para trilhar este “caminho glorioso”. Para eles a minha fraqueza esta em estudar, trabalhar, assumir minhas responsabilidades sociais, ser brasileiro e passar pelas mesmas restrições como milhares que escolhem trilhar o caminho da vida em meio à sociedade não negando os deveres. Realmente tenho de concordar que não possuo a mesma coragem que tais, pois prefiro ganhar minha vida trabalhando de forma honesta. 

É fato que sou condenado por grande maioria dos evangélicos fundamentais por falar coisas assim, sou apontado como lobo, herege, diabólico, e tantos outros adjetivos carinhosos. De forma ingênua isto os faz pensar que tal situação descreditará minha opinião. De tanto lidarem com gente inocente e idiota, pensam que todos são parte da “boiada” e cairão sem titubear nos seus contos evangélicos. Tenho paz por pensar e perceber que o povo já não suporta este tipo de exploração, e pouco a pouco se mobiliza desmascarando estes figurões, os rejeitando.  

O brabo é que hoje temos de coletar o lixo deixado por nossos amigos protestantes que nos precederam. Estes que deixaram o entulho evangélico para que nos dias atuais poluísse tudo que é bom. Por coisas assim, e por denunciar sem medo estas situações sou acusado de intolerância e falta de amor. Realmente acredito que a exemplo de Jesus, tenho aprendido de sua intolerância. Ele sem medo, pudor ou papas na língua, chamou os fariseus de serpentes, chutou as tralhas do templo e expulsou os seus vendedores a pontapés. Quem sabe Jesus também estava endemoniado... Será?


Leandro Barbosa

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