A Volta de Jesus Cristo

quarta-feira, 25 de abril de 2012


O mundo inteiro verá a vinda do Filho de Deus.
A esperança de todos que obedecem a Deus, que acreditam sem reservas na Sua existência e no seu poder, está na vinda de Jesus, até porque se já estiverem mortos no dia do Senhor, serão ressuscitados (I Tess. 4:16); se ainda estiverem vivos, Jesus os levará com Ele (I Tess. 4:17).
Por esta razão vamos estudar a palavra de Deus para não sermos enganados.
O que diz a Bíblia
1- Apoc. 1:7 Assim diz a Palavra de Deus: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém".
Mas o que ouvimos de homens que se dizem mensageiros de Deus é que Jesus vem buscar o seu povo escondido, o povo vai desaparecer e os que aqui ficarem entrarão em desespero... o filho procura a mãe, o pai procura o filho, o que estava internado desaparece e os médicos ficam sem entender, então dizem: aconteceu a vinda do Senhor.
No entanto, esses mensageiros sabem que estão mentindo. Preferem ensinar o que seu ministério manda a ensinar o que Deus pediu que fosse ensinado. Por isso, Deus falou: “Muitos pastores destruíram a minha vinha (igreja), pisaram o meu campo (povo); tornaram em desolado deserto o meu campo desejado" (Jer. 12:10); ou seja, deixou seu povo vazio e sem conhecimento.
São palavras de Jesus
2- Mat. 26:64 “Respondeu-lhe Jesus: Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu".
Jesus disse isso a um certo pastor, ou seja, sacerdote por nome de Caifás (v. 59 e 65), o que mostra que não basta ser sacerdote para falar a verdade, como pediu Jesus (Mat. 28:20).
3- Mat. 24:29-30 “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu e as potencias dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória".
Sendo assim, conforme as palavras de Jesus Cristo, o dia de Sua vinda não passará despercebido. O céu escurecerá e as estrelas cairão, a lua deixará de brilhar... e vai aparecer no céu o sinal do Filho do Homem.
Isso torna um cúmulo o fato de muitos pastores dizerem que o povo simplesmente vai desaparecer e ninguém vai notar a volta de Jesus.
4- Mat. 25:31-32 “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas".
Enquanto a bíblia revela que todas as nações verão a vinda de Jesus, o enganador ensina que Jesus virá e levará os Seus sem que ninguém perceba.
5- Luc. 17:24 “Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.
V. 26 E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem.
V. 29-30 Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre e consumiu a todos, assim será no dia em que o Filho do Homem se há de manifestar. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar."
Todos sabem que um relâmpago não acontece sem que ninguém veja.
Já nos dias de Noé o mundo inteiro viu o dilúvio e por ele foi tragado, exceto Noé e sua família.
Nos dias de Ló choveu enxofre e fogo do céu, e todos os moradores de Sodoma viram e não resistiram o fogo, e conseqüentemente morreram.
Jesus comparou o dia de Sua vinda com estes três episódios... Todo olho verá.
6- João 14:3 “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também".

São palavras dos anjos
7- Atos 1:10-11 “E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir".
Paulo também disse: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (I Tess. 4:16-18).
O certo é que devemos orar e vigiar porque ninguém sabe o dia e a hora em que Jesus há de vir.

Como um ladrão na noite
8- Luc. 12:39-40 / Mat. 24: 43-44 “Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa. Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais”.
9- Apoc. 3:3 “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”.
10- II Ped. 3:10 “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão”.
11- I Tess. 5:2-3 “Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...”
A expressão ‘virei como um ladrão de noite’ (Apoc. 3:3) e ‘virá como um ladrão de noite’ (II Ped. 3:10) e as demais citações que contem esta expressão não significam que Jesus virá escondido sem que ninguém perceba. O ladrão não avisa a hora da noite em que vai arrombar a nossa porta e roubar a nossa casa, do mesmo modo Jesus não vai avisar a hora em que virá buscar Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos de surpresa, porque vai ser uma destruição total naquele dia.
Pedro diz que haverá um grande estrondo, e que os elementos se queimarão. Por isso Apoc. 3:3 pede para nos arrependermos. Jesus diz que pode acontecer de dois homens estarem trabalhando no campo, ou moendo no mesmo moinho, e um ser levado e o outro ficar (Mat. 24:40-41).
Em II Pedro 3:10 Pedro diz que os que ficarem ardendo se queimarão. Pedro apenas confirmou o que fora dito por Deus em Malaquias 3:2: “Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros”.
Malaquias 4:1 continua dizendo: “Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo”. No v. 2 Deus fala da salvação dos justos e no v. 3 Ele diz: “E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que estou preparando, diz o SENHOR dos Exércitos”.

Isso é o que Deus ensina a respeito da volta de seu Filho Jesus. Já o falso profeta, o lobo vestido de pastor, vem dizendo que o povo salvo desaparecerá, e que os ímpios ficarão aqui sofrendo. Esses pastores são impiedosos com as pessoas que ainda não conhecem a verdade. Eles se satisfazem com a mentira, enganam grandes e pequenos, mesmo sabendo que a passos largos estão correndo para a condenação, pois torcem a verdade e sobem no topo dos opositores da Palavra de Deus.
Em seus sermões, estes homens conseguem fazer as pessoas chorarem, bater no próprio peito, erguer as mãos ao céu e sentir perto de Deus, sem saber que seus condutores, seus pastores vivem na lama das mentiras e se apresentam como um deus, cheios de poder e razão.
Por isso Jesus alerta: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mat. 24:24).

Se esta política religiosa, que causa uma enorme divisão entre os evangélicos, caísse por terra e as lideranças de todos os ministérios se reunissem para tentar descobrir onde está de fato tanta diferença... Se realmente todos se preocupassem em fazer a vontade de Deus, guiando uma enorme multidão (que são evangélicos) para dentro da bíblia, para o caminho da salvação...
Tudo ficaria mais fácil se não fosse o volume de dinheiro arrecadado por cada igreja, se não fosse as lindas casas pastorais, lindos carros de luxo e os salários altíssimos que muitos pastores recebem. Isso e muito mais podem atrapalhar o pastor de passar as verdades bíblicas a seu rebanho, pois o seu ministério não ensina e não permite que ensine, mesmo sabendo que a Bíblia Sagrada é o único pasto verdejante onde seu rebanho pode de fato de alimentar e buscar força para a vinda de Jesus. Mas Deus diz: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto” (Jer. 23:1).

Conclusão
Vamos estudar, aprender e obedecer a Palavra de Deus, porque caso contrário, não resistiremos o dia de Sua vinda (Apoc. 6:17 / II Ped. 3:10 / Mal. 3:2 / Mal. 4:1-3). Mas se obedecermos estaremos naquele dia com Jesus (João 17:24), seremos seus escolhidos (Mat. 24:31) e sempre estaremos com Ele (João 14:3). Amém.

Cinco visões sobre Apologética

terça-feira, 24 de abril de 2012



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O livro Five Views on Apologetics [Cinco Visões sobre Apologética], editado por Steven B. Cowan, leva o leitor a comparar e contrastar formas diferentes de “fazer” apologética:
O objetivo da apologética é responder persuasivamente objeções honestas que mantém as pessoas longe da fé em Jesus Cristo. O livro Five Views on Apologetics examina o “como fazer” da apologética, colocando cinco visões importantes sob o microscópio: clássica, evidencial, pressuposicional, epistemologia reformada e caso cumulativo. Oferecendo um fórum para apresentação, crítica e defesa, este livro permite que os contribuintes interajam com os pontos de vista diferentes. 4 ª capa, Five Views on Apologetics

O que segue é um excerto da introdução do livro:

Método Clássico

O método clássico é uma abordagem que começa empregando a teologia natural para estabelecer o teísmo como a cosmovisão correta. Após a existência de Deus ter sido assim demonstrada, o método clássico passa para uma apresentação das evidências históricas para a divindade de Cristo, a confiabilidade da Escritura, etc., a fim de mostrar que o Cristianismo é a melhor versão de teísmo, em oposição ao, digamos, judaísmo e islamismo. Essa escola é chamada de método “clássico” porque assume que esse é o método usado pela maioria dos apologistas importantes dos primeiros séculos. William Lane Craig contribui com a defesa da apologética clássica desse volume. Outros apologistas contemporâneos que podem ser classificados como apologistas clássicos incluem R.C. Sproul, Norman Geisler, Stephen T. Davis e Richard Swinburne.

Costuma-se argumentar que a ordem das duas fases na apologética clássica é essencial. Isto é, antes que alguém possa discutir de forma significativa as evidências históricas, a existência de Deus já deverá ter sido estabelecida, pois a cosmovisão de uma pessoa é uma grade através da qual os milagres, fatos históricos e outros dados empíricos são interpretados. Sem um contexto teísta, jamais poderia demonstrar-se que um evento histórico foi um milagre divino. O outro lado da moeda dessa afirmação é que ninguém pode apelar a supostos milagres a fim de provar a existência de Deus. Como Sproul, Gerstner e Lindsley argumentam, “milagres não podem provar a existência de Deus. Na realidade, somente Deus pode provar milagres. Isto é, somente sob a evidência anterior de que Deus existe é que um milagre torna-se possível”. Contudo, ninguém que se considera um apologista clássico insistirá nesse ponto, como William Lane Craig deixa claro neste volume (…). Craig argumenta que a metodologia clássica não precisa insistir na necessidade teórica na ordem desses dois passos, mas apenas, dada a natureza dos argumentos probabilistas, que essa ordem é a melhor estratégia argumentativa.

O Método Evidencial

O método evidencial tem muito em comum com o método clássico, exceto na resolução do problema com respeito ao valor dos milagres como evidência. O evidencialismo como método apologético pode ser caracterizado como uma abordagem “de um passo”. Os milagres não pressupõem a existência de Deus (como afirmam a maioria dos apologistas clássicos contemporâneos), mas podem servir como um tipo de evidência a favor da existência de Deus. Esse método é bastante eclético em seu uso das várias evidências positivas e críticas negativas, utilizando tanto argumentos filosóficos como históricos. Todavia, ele tende a se focar primariamente na legitimidade de acumular vários argumentos históricos e outros indutivos em favor da verdade do cristianismo.

Dado esse foco, os evidencialistas podem e irão argumentam em favor do teísmo e do teísmo cristão ao mesmo tempo, sem recorrer a uma teologia natural elaborada. Eles poderiam começar, por exemplo, argumentando em favor da factualidade histórica da ressurreição de Jesus e então argumentar que tal evento incomum é explicável somente se um ser muito parecido ao Deus cristão existir. Tendo então estabelecido a existência de Deus por meio da ressurreição miraculosa de Cristo, o evidentalista irá então afirmar que a ressurreição de Jesus também autentica suas reivindicações de ser Deus encarnado e seu ensino sobre a autoridade divina da Escritura.

Além de Gary R. Habermas, um dos contribuintes deste livro, defensores do evidencialismo incluem John W. Montgomery, Clark Pinnock e Wolfhart Pannenberg (veja o artigo de Harbermas para vários outros que ele classifica sob esse método).

O Método do Caso Cumulativo

O terceiro dos Quatro Grandes é o método do caso cumulativo. O termo “caso cumulativo” é usado por apologistas de maneiras diferentes daquela que estamos usando neste contexto, mas Basil Mitchell, um antigo proponente dessa visão, deu a esse método tal nome, e assim o usaremos aqui. O leitor cuidadoso sem dúvida observará que esse método pertence à mesma família ampla do método evidencial (e talvez clássico). Contudo, ficará evidente também que como uma estratégia argumentativa, o método do caso cumulativo tem algo distinto a oferecer. De fato, essa abordagem apologética surgiu por causa da insatisfação que alguns filósofos tinham com os outros métodos do tipo evidencial (i.e., os dois primeiros dos Quatro Grandes).

De acordo com os defensores da apologética do caso cumulativo, a natureza do caso em favor do Cristianismo não é em nenhum sentido estrito um argumento formal como uma prova ou um argumento de probabilidade. Nas palavras de Mitchell, o método do caso cumulativo “não se conforma ao padrão ordinário de raciocínio dedutivo ou indutivo”. O caso é mais parecido com o resumo que um advogado apresenta num tribunal ou que um crítico literário faz para uma interpretação particular de um livro. É um argumento esclarecido que reúne várias linhas ou tipos de dados numa espécie de hipótese ou teoria que explica de forma abrangente esses dados e faz isso melhor do que qualquer hipótese alternativa.

Paul Feinberg, o metodologista do caso cumulativo neste volume, diz que “os teístas cristãos estão insistindo que o cristianismo faça melhor uso de toda a evidência disponível do que qualquer outra cosmovisão alternativa em oferta, quer essa alternativa seja alguma oura visão teísta ou o ateísmo”. (…) Os dados que o caso cumulativo procura explicar inclui a existência e a natureza do cosmo, a realidade da experiência religiosa, a objetividade da moralidade, e outros fatos históricos, tais como a ressurreição de Jesus.

Além de Feinburg e Mitchell, a escola do caso cumulativo incluiria provavelmente C.S. Lewis e C. Stephen Evans.

O Método Pressuposicional

Devido aos efeitos noéticos do pecado, os pressuposicionalistas geralmente sustentam que não existe terreno comum suficiente entre crentes e incrédulos que permitiria os seguidores dos três métodos anteriores alcançar os seus objetivos. O apologista deve simplesmente pressupor a verdade do cristianismo como o ponto de partida apropriado na apologética. Aqui a revelação cristã nas Escrituras é o quadro através do qual toda a experiência é interpretada e toda a verdade é conhecida. Várias evidências e argumentos podem ser estabelecidos em favor da verdade do cristianismo, mas esses no mínimo pressupõem implicitamente premissas que podem ser verdadeiras apenas se o cristianismo for verdadeiro. Os pressuposicionalistas tentam, então, argumentar transcendentalmente. Isto é, eles argumentam que todo significado e pensamento – na verdade, todo fato – pressupõe logicamente o Deus das Escrituras.

John Frame representa o pressuposicionalismo neste volume, e ele coloca a questão dessa forma: “Nós deveríamos apresentar o Deus bíblico, não meramente como a conclusão a partir de um argumento, mas como aquele que torna o argumento possível” (…). Ao demonstrar que os incrédulos não podem argumentar, pensar ou viver sem pressupor Deus, os pressuposicionalistas tentam mostrar que a cosmovisão deles é inadequada para explicar suas experiências do mundo e fazer os incrédulos enxergarem que somente o cristianismo pode fazer a experiência deles ter sentido.

Outros pressuposicionalistas incluem Cornelius Van Til e Gordon Clark (…), bem como Greg Bahsen e Francis Schaeffer.

Esses quarto métodos apologéticos lutavam pela supremacia quando comecei pela primeira vez a estudar apologética e o problema da metodologia nos anos oitenta. Contudo, muita coisa aconteceu na filosofia e apologética nos últimos vinte anos ou mais. Um dos desenvolvimentos mais dramáticos foi o surgimento da epistemologia reformada. Kelly James Clark contribui com este volume sugerindo que essa nova epistemologia religiosa tem algo distinto a dizer com respeito ao método apologético.

A Abordagem da Epistemologia Reformada

“Desde o Iluminismo”, diz Clark, “tem havido uma demanda para expor todas as nossas crenças às críticas esquadrinhadoras da razão” (…). Dizem-nos que se uma crença não é apoiada por evidência de algum tipo, é irracional crer nela. A epistemologia reformada desafia essa suposição epistemológica “evidencialista”. Aqueles que defendem essa visão sustentam que é perfeitamente racional uma pessoa crer em muitas coisas sem evidência. De maneira mais impressionante, eles argumentam que a crença em Deus não requer o apoio de evidência ou argumento para que isso seja racional. A apologista da epistemologia reformada não evita necessariamente estabelecer argumentos positivos em defesa do cristianismo, mas ele argumentará que tais argumentos não são necessários para a fé racional. Se Calvino está correto que os seres humanos nascem com um sensus divinitatis (senso do divino) inato, então as pessoas podem correta e racionalmente chegar a ter uma crença em Deus imediatamente, sem o auxílio de evidências.

Para o epistemologista reformado, então, o foco tende a estar na apologética negativa ou defensiva, à medida que desafios à crença teísta são encontrados. No lado positivo, contudo, o epistemologista reformado irá, nas palavras de Clark, “encorajar os incrédulos a se colocarem em situações onde as pessoas são tipicamente apanhadas pela crença em Deus” (…), tentando despertar nelas seu senso latente do divino.

A lista de epistemologistas reformados contemporâneos inclui o contribuinte deste volume, Kelly James Clark, já mencionado. Mas quatro outros nomes que estariam no topo desta lista seriam Alvin Plantinga, Nicholas Wolterstorff, George Mavrodes e William Alson.

Novamente, deixe-me dizer que essas cinco metodologias apologéticas não constituem uma lista exaustiva de abordagens apologéticas. Elas representam, contudo, as estratégias argumentativas mais conhecidas e populares na comunidade acadêmica de apologética. É a minha esperança, bem como dos outros contribuintes, que essa obra promova discussão frutífera adicional da metodologia apologética e seja útil à igreja universal e ao Senhor Jesus Cristo.
Por Steven B. Cowan  

Fonte: Cowan, Steven B. (editor), Five Views on Apologetics, Zondervan, Grand Rapids, Michigan, 2000. Páginas 15-20.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – abril/2011
Estraído do site: Monergismo ]
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Confraternização dia 120212

segunda-feira, 23 de abril de 2012



















Homens Bomba

O rei Acabe foi um dos piores reis que houve em Israel. Ele se casou com Jezabel, uma sacerdotisa de Baal, e por isso levou Israel à idolatria, tentando institucionalizar o culto a Baal. Naqueles dias Deus levantou Elias como profeta, e através dele anunciou o seu juízo à casa de Acabe. No entanto Deus não executou seu juízo nos dias de Acabe pois este se arrependeu e se humilhou diante do Senhor, por isso o juízo sobre sua casa só foi executado após a sua morte. Podemos perceber o quanto Deus é misericordioso. Nos capítulos 9 e 10 de II Reis lemos que Jeú foi ungido rei de Israel por ordem de Eliseu. Ele começou então, um verdadeiro expurgo a casa de Acabe. Neste processo Jeú matou também ao rei de Judá e parte de sua família, não por ordem de Deus, mas como forma de afirmação política. Ele eliminou todos os que poderiam representar ameaça ao seu domínio. Apesar de Jeú ter eliminado parcialmente a idolatria no meio de Israel, ele não se apartou dos pecados de Jeroboão, pois ele continuou a cultuar aos bezerros de ouro.

Meditando a respeito de todos os fatos, eu compararia Jeú a um "homem bomba" dos nossos dias.No meu conceito um homem bomba é um idealista ou alguém que simplesmente se deixa manipular por um idealista. Este indivíduo coloca bombas no próprio corpo e é capaz de matar pessoas em nome de um ideal destruindo sua própria vida. Jeú cumpriu os propósitos de Deus, mas usou a sua posição de "ungido" para exterminar quem ameaçava seus interesses políticos. Deus não mandou que ele matasse o rei de Judá e sua família, mas ele o fez, porque atendia a seus próprios interesses. Podemos absorver dessa história uma grande lição para os nossos dias, o fato de sermos "ungidos" por Deus (todo o corpo de Cristo é ungido por Deus), não nos autoriza a "matar" as pessoas com nosso idealismo. Precisamos nos lembrar que no corpo de Cristo existe diversidade, ninguém é igual a ninguém, mas estamos unidos em Jesus. A "unção" de Deus não nos autoriza a ferir a dignidade de outra pessoa. Ainda que esta pessoa esteja errada. Cada um dará conta de si mesmo ao Senhor. Lamentavelmente temos vivido em nossos dias um grande ataque de "homens-bomba" que se dizem cristãos e profetas desta geração. Eles matam pessoas com suas palavras e contaminam outros com o vírus mortal da maledicência e da murmuração. Não solucionam absolutamente nada. Apenas geram insatisfação e sem perceber destroem a si mesmos. Estão atacando o corpo de Cristo, do qual dizem fazer parte. Eles usam as falhas de outros cristãos, como um trampolim de auto-afirmação. Sua espiritualidade não é baseada no edificante amor de Deus, mas nas fraquezas do próximo. A palavra de Deus diz que o amor "cobre" multidão de pecados ( I Pedro 4:7). O verdadeiro amor não "cobra" mas "cobre". Deus ama o ser humano, e não tem interesse que ele se perca. O diabo sim, veio para matar, roubar e destruir. Todo aquele que de alguma forma destrói está servindo a Satanás.

A verdadeira unção nos levará a cumprir os propósitos de Deus. Ela não serve para autopromoção. Ela nunca nos levará a destruir a dignidade do ser humano. Aquele que destrói a seu próximo destrói a si mesmo. E tempo de vigiar as nossas palavras, pois elas serão colhidas mais tarde. Seremos medidos com a mesma medida que medirmos o nosso próximo.

Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz. (Tiago 3:18)

Fonte: http://www.amazongospel.com

O que aconteceu com os Evangélicos?

domingo, 22 de abril de 2012



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Quando Paulo Romeiro escreveu Evangélicos em Crise em meados da década de 90, ele apenas tocou em uma das muitas áreas em que o evangelicalismo havia entrado em colapso no Brasil: a sua incapacidade de deter a proliferação de teologias oriundas de uma visão pragmática e mercantilista de igreja, no caso, a teologia da prosperidade.


Fica cada vez mais claro que os evangélicos estão atualmente numa crise muito maior, a começar pela dificuldade – para não falar da impossibilidade – de ao menos se definir hoje o que é ser evangélico.

Até pouco tempo, “evangélico” indicava vagamente aqueles protestantes de entre todas as denominações – presbiterianos, batistas, metodistas, anglicanos, luteranos e pentecostais, entre outros, que consideravam a Bíblia como Palavra de Deus, autoritativa e infalível, que eram conservadores no culto e nos padrões morais, e que tinham visão missionária.

Hoje, no Brasil, o termo não tem mais essa conotação. Ele tem sido usado para se referir a todos os que estão dentro do cristianismo em geral e que não são católicos romanos: protestantes históricos, pentecostais, neopentecostais, igrejas emergentes, comunidades dos mais variados tipos, etc.

É evidente a crise gigantesca em que os evangélicos se encontram: a falta de rumos teológicos definidos, a multiplicidade de teologias divergentes, a falta de uma liderança com autoridade moral e espiritual, a derrocada doutrinária e moral de líderes que um dia foram reconhecidos como referência, o surgimentos de líderes totalitários que se auto-denominam pastores, bispos e apóstolos.

A conquista gradual das escolas de teologia pelo liberalismo teológico, a falta de padrões morais pelos quais ao menos exercer a disciplina eclesiástica, a depreciação da doutrina, a mercantilização de várias editoras evangélicas que passaram a publicar livros de linha não evangélica, e o surgimento das chamadas igrejas emergentes. A lista é muito maior e falta espaço nesse post.

Recentemente um amigo meu, respeitado professor de teologia, me disse que o evangelicalismo brasileiro está na UTI. Concordo com ele. A crise, contudo, tem suas raízes na própria natureza do evangelicalismo, desde o seu nascedouro.

Há opiniões divergentes sobre quando o moderno evangelicalismo nasceu. Aqui, adoto a opinião de que ele nasceu, como movimento, nas décadas de 50 e 60 nos Estados Unidos. Era uma ala dentro do movimento fundamentalista que desejava preservar os pontos básicos da fé (veja meu post sobre Fundamentalismo), mas que não compartilhava do espírito separatista e exclusivista da primeira geração de fundamentalistas.

A princípio chamado de “neo-fundamentalismo”, o evangelicalismo entendia que deveria procurar uma interação maior com questões sociais e, acima de tudo, obter respeitabilidade acadêmica mediante o diálogo com a ciência e com outras linhas dentro da cristandade, sem abrir mão dos “fundamentos”.

Eles queriam se livrar da pecha de intransigentes, fechados, bitolados e obscurantistas, ao mesmo tempo em que mantinham doutrinas como a inerrância das Escrituras, a crença em milagres, a morte vicária de Cristo, sua divindade e sua ressurreição de entre os mortos. Eram, por assim dizer, fundamentalistas esclarecidos, que queriam ser reconhecidos academicamente, acima de tudo.

O que aconteceu para o evangelicalismo chegasse ao ponto crítico em que se encontra hoje? Tenho algumas idéias que coloco em seguida.

1. O diálogo com católicos, liberais, pentecostais e outras linhas sem que os pressupostos doutrinários tivessem sido traçados com clareza. Acredito que podemos dialogar e aprender com quem não é reformado. Contudo, o diálogo deve ser buscado dentro de pressupostos claros e com fronteiras claras. Hoje, os evangélicos têm dificuldades em delinear as fronteiras do verdadeiro cristianismo e de manter as portas fechadas para heresias.

2. A adoção do não-exclusivismo como princípio. Ao fazer isso, os evangélicos começaram a abrir a porta para a pluralidade doutrinária, a multiplicidade de eclesiologias e o relativismo moral, sem que tivessem qualquer instrumento poderoso o suficiente para ao menos identificar o que estivesse em desacordo com os pontos cruciais.

3. O abandono gradual da aderência a esses pontos cruciais com o objetivo de alargar a base de comunhão com outras linhas dentro da cristandade. Com a redução cada vez maior do que era básico, ficou cada vez mais ampla a definição de evangélico, a ponto de perder em grande parte seu significado original.

4. O abandono da confessionalidade, dos grandes credos e confissões do passado, que moldaram a fé histórica da Igreja com sua interpretação das Escrituras. Não basta dizer que a Bíblia não tem erros. Arminianos, pelagianos, socinianos, unitários, eteroteólogos, neopentecostais – todos afirmarão isso.

O problema está na interpretação que fazem dessa Bíblia inerrante. Ao jogar fora séculos de tradição interpretativa e teológica, os evangélicos ficaram vulneráveis a toda nova interpretação, como a teologia relacional, a teologia da prosperidade, a nova perspectiva sobre Paulo, etc.

5. A mudança de uma orientação teológica mais agostiniana e reformada para uma orientação mais arminiana. Isso possibilitou a entrada no meio evangélico de teologias como a teologia relacional, que é filhote do arminianismo. Permitiu também a invasão da espiritualidade mística centrada na experiência, fruto do reavivalismo pelagiano de Charles Finney. (Nota do CACP*: Aqui o autor critica a exacerbação do arminianismo... entendemos que tanto o radicalismo arminiano como o calvinista é contraproducente)

Essa mudança também trouxe a depreciação da doutrina em favor do pragmatismo, e também o antropocentrismo no culto, na igreja e na missão, tudo isso produto da visão arminiana da centralidade do homem.

Mas talvez o pior de tudo foi a perda da cosmovisão reformada, que serviria de base para uma visão abrangente da cultura, ciência e sociedade, a partir da soberania de Deus sobre todas as áreas da vida. Sem isso, o evangelicalismo mais e mais tem se inclinado a ações isoladas e fragmentadas na área social e política, às vezes sem conexão com a visão cristã de mundo.

6. Por fim, a busca de respeitabilidade acadêmica, não somente da parte dos demais cristãos, mas especialmente da parte da academia secular. Essa busca, que por vezes tem esquecido que o opróbrio da cruz é mais aceitável diante de Deus do que o louvor humano, acabou fazendo com que o evangelicalismo, em muitos lugares, submetesse suas instituições teológicas aos padrões educacionais do Estado e das universidades.

Padrões esses comprometidos metodológica, filosófica e pedagogicamente com a visão humanística e secularizada do mundo, em que as Escrituras e o cristianismo são estudados de uma perspectiva não cristã. Abriu-se a porta para o velho liberalismo.

Não há saída fácil para essa crise. Contudo, vejo a fé reformada como uma alternativa possível e viável para a igreja evangélica brasileira, desde que se mantenha fiel às grandes doutrinas da graça e aos lemas da Reforma, e que faça certo aquilo que os evangélicos não foram capazes de fazer:

(1) dialogar e interagir com a diversidade delineando com clareza as fronteiras do cristianismo;

(2) abandonar o inclusivismo generalizado e adotar um exclusivismo inteligente e sensível;

(3) voltar a valorizar a doutrina, especialmente os pontos fundamentais da fé cristã expressos nos credos e confissões, que moldaram os inícios do movimento evangélico.

Talvez assim possamos delinear com mais clareza os contornos da face evangélica em nosso país.

Por: Rev. Augustus Nicodemus Lopes
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Augustus Nicodemus Lopes é pastor presbiteriano. Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (Recife), mestre em Novo Testamento pela Universidade Reformada de Potchefstroom (África do Sul) e doutor em Interpretação Bíblica pelo Westminster Theological Seminary (EUA), com estudos no Seminário Reformado de Kampen (Holanda). É chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro.

Fonte: [ CACP ]
Via: [ Bereiano ]

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Eu Não Tenho Amor No Coração

sexta-feira, 13 de abril de 2012



Depois de muito tempo distante andei novamente zapeando por alguns espaços em busca de um pouco de informação sobre o que anda acontecendo no meio gospel. Visitei alguns blogs conhecidos e muito apreciados pela “boiada” evangélica. Claro que há alguns que nem me presto a aproximar, porque de tão “colifórmicos” toda vez que me aproximo fico alérgico . Uma das coisas que me chamou a atenção foi o grande número de criticas mal elaboradas, por alguns pastorzinhos amedrontados que somente agora estão percebendo que o seu reino de vaidades esta a ruir.

Deparei-me com um texto que em resumo dizia, “cuidado com os lobos que criticam os calvinistas”! Em outro blog, afirmava-se que embora pessoas como “eu” parecessem inteligentes, éramos instrumentos de satanás para desviar as pessoas do verdadeiro alvo. O engraçado foi o grande número de textos que defendiam a autoridade divina da instituição religiosa, alguns até mais ariscados. Os escritores destes textos eram tão “caras de pau” que diziam reconhecer que a instituição não era a igreja, mas voltavam para o dogma de forma sútil afirmando que ela fazia parte do “propósito divino” por isso também era imaculada e intocável.  

Surpreendeu-me o enorme número de “pseudos antropólogos” pagando uma de descolados, recheando as suas mídias de frases de impacto, por vezes usando de referencias e autores desconexos com o assunto, apenas apara impressionar o público pobre de intelectualidade, a sua porção da boiada. Um amigo me apresentou um blog de um “missionário” aqui de minha cidade, que se duvidar nem o secundário completo possui. O que achei divertido era que este se achava o verdadeiro antropólogo social, citando autores de forma a se perceber claramente que a proximidade que ele possuia com as bibliografias, foi de olhar  as capas dos livros no google image.  

Por desgraça acabei caindo em um blog de uma dita missionaria que vou colocar o nome fictício de “Trauilha Banheiro”.  A mesma cheia de ditos de impacto e textos “tipudos”, daqueles que se percebe nitidamente que a pessoa esta tentando impressionar e ganhar a opinião dos evangélicos. Depois de muito trololó, a mesma terminava coroando suas citações rasas, com pedidos de oferta para o filho gravar documentários na África. Em seguida subjetivava mais pedidos de grana para frequentar seminários nos EUA (assim que li não resisti, mandei a mesma arrumar trabalho). Pessoas como esta enganam a grande massa, com o pretexto de “Missões indígenas”. 

Mas a verdade é que não trabalham, passam o dia socados em uma boa casa dando cursinhos na “missão” (que para mim é uma chocadeira de hippies vadios), ganhando grana com palestras inúteis, vivendo à custa da boiada que cai no conto do vigário. Se questionados são arrogantes, sentem-se os doutores que na verdade só reinam no meio dos medíocres, pois são incapazes de assumir suas responsabilidades no que chamam de “meio secular”, lugar onde são verdadeiros fracassos. O brabo são os idiotas que investem sua grana e pagam as viagens destes pilantras por lugares paradisíacos.

Sei e sou convicto que não sou piedoso quando observo pessoas como estas. Segundo estes eu sou um cara invejoso que nunca possuiu fé para trilhar este “caminho glorioso”. Para eles a minha fraqueza esta em estudar, trabalhar, assumir minhas responsabilidades sociais, ser brasileiro e passar pelas mesmas restrições como milhares que escolhem trilhar o caminho da vida em meio à sociedade não negando os deveres. Realmente tenho de concordar que não possuo a mesma coragem que tais, pois prefiro ganhar minha vida trabalhando de forma honesta. 

É fato que sou condenado por grande maioria dos evangélicos fundamentais por falar coisas assim, sou apontado como lobo, herege, diabólico, e tantos outros adjetivos carinhosos. De forma ingênua isto os faz pensar que tal situação descreditará minha opinião. De tanto lidarem com gente inocente e idiota, pensam que todos são parte da “boiada” e cairão sem titubear nos seus contos evangélicos. Tenho paz por pensar e perceber que o povo já não suporta este tipo de exploração, e pouco a pouco se mobiliza desmascarando estes figurões, os rejeitando.  

O brabo é que hoje temos de coletar o lixo deixado por nossos amigos protestantes que nos precederam. Estes que deixaram o entulho evangélico para que nos dias atuais poluísse tudo que é bom. Por coisas assim, e por denunciar sem medo estas situações sou acusado de intolerância e falta de amor. Realmente acredito que a exemplo de Jesus, tenho aprendido de sua intolerância. Ele sem medo, pudor ou papas na língua, chamou os fariseus de serpentes, chutou as tralhas do templo e expulsou os seus vendedores a pontapés. Quem sabe Jesus também estava endemoniado... Será?


Leandro Barbosa

A igreja e o bungee jumping teológico que entretém a multidão!!

quarta-feira, 11 de abril de 2012



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No século passado, o pastor protestante Charles Spurgeon advertiu certa vez que a igreja estava se afastando da pureza do evangelho. E este alerta ecoa até aos nossos dias e a igreja não pode ignorar diante de tantos abusos e um evangelho tão distorcido que muitos líderes têm defendido e divulgado em nossas igrejas brasileiras.

Comunidades e pastores que em nome dos resultados tem tornado o cristianismo mais teatral e atraente, com bastante luz, shows, cambalhotas… Enfim, inovações que sutilmente tem tomado o lugar da pregação e exposição fiel das Escrituras.

Na verdade, um tipo de bungee jumping teológico que mais entretém a multidão. Um novo cristianismo onde existe ausência da profundidade bíblica, exposição do pecado, da mensagem da cruz, renúncia pessoal como a natureza espiritual da genuína fé cristã.

O que se observa é um evangelicalismo moderno descendo a níveis baixos misturando a verdade de Deus com um tipo de religião de entretenimento e adaptações mundanas para atrair as multidões. Com isso é obscurecido o cristianismo histórico e a pregação de todo o conselho de Deus que penetra e impacta poderosamente a alma do mais incrédulo pecador.

Parece que alguns líderes evangélicos não acreditam mais na suficiência das Escrituras. O que presenciamos em muitas congregações é a ênfase do aqui e agora tornando as Escrituras absolutamente superficiais.

Outro evangelho onde o auto-interesse terapêutico ofusca o conhecimento de Deus, o marketing triunfa sobre a pregação, as opiniões e estratégias humanas excedem à confiança na exposição bíblica e as preocupações com poder e status quo são mais óbvias do que o preocupar-se com a piedade e a fidelidade cristã.

Que a igreja não se comprometa tornando a Escritura mais aceitável. Que a sua pregação seja pura e sem artifícios mundanos.

Que os nossos pastores e líderes não recorram à industria de marketing para ajudá-los a atrair pessoas para Cristo, mas descansem unicamente no soberano poder de Deus. Que a igreja se esforce cada vez mais para resgatar a verdade de Deus que é eterna e relevante para todas as culturas, épocas e lugares.

Pense nisso!
Por Marcos Sampaio
Fonte: [ Carta Protestante ]
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Nossa Apologética tem de apontar para Cristo!

segunda-feira, 2 de abril de 2012



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O alvo da apologética deve ser evangelístico e, assim sendo, sua mensagem deve estar centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Ele é a resposta a todos os males sociais e a cada coração que o busca. “Mas nós pregamos a Cristo crucificado”, Paulo explicou aos coríntios, “escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Co 1.23). De maneira semelhante, disse aos crentes de Colossos: “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28). Armado com o lema “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21), Paulo enfrentou o mundo como embaixador de Cristo, rogando aos ouvintes “em nome de Cristo, vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.20). Ele jamais tomou uma posição apologética que não apontasse para Cristo. Quer no Areópago (At 17) quer no tribunal diante do governador romano (At 26), a defesa da fé feita por Paulo sempre era centrada no evangelho (1 Co 15.3-4).

Uma apologética que deixa de apresentar o evangelho por inteiro deixa no mesmo lugar os pecadores: ainda perdidos. Até confessarem Jesus como Senhor e crer que Deus o ressuscitou da morte, eles permanecem mortos em seus pecados (Rm 10.9). Sua eternidade depende do que farão com Jesus Cristo. À pergunta: “O que devo fazer para ser salvo?” Jesus é a única resposta (At 16.30-31). Para o problema do pecado, ele é a única solução. Como disse João Batista a respeito de Jesus: “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36).

Não podemos nos contentar com uma abordagem apologética que diminua ou negligencie o evangelho. Afinal de contas, nossa meta final não é apenas converter os ateus ao teísmo ou evolucionistas ao criacionismo, mas chamar os incrédulos (quer sejam eles ateus ou teístas, evolucionistas ou criacionistas) a receberem Jesus Cristo. Os argumentos quanto ao teísmo e criacionismo são importantes, mas a apologética cristã será incompleta se parar por aí e não proclamar o evangelho.

Uma ilustração disso está no fato de que muitos evangélicos deram grande valor à conversão do renomado ateu britânico Antony Flew do ateísmo para o teísmo. Ele documentou sua mudança de ideia no livro There is a God, onde admitiu que os argumentos do projeto inteligente o levaram a “aceitar a existência de uma Mente infinitamente inteligente”. [1] No fim do livro, Flew nota que poderia estar aberto ao cristianismo, mas não chega a reconhecer nenhum compromisso pessoal com Cristo. Por sua parte, Flew se identifica como deísta.[2]

Como avaliar esse tipo de conversão? Por um lado, alegramo-nos porque um renomado ateu renunciou publicamente seus erros anteriores. Podemos ser gratos pelos esforços daqueles que, por sua influência, o ajudaram a ver a falência filosófica do sistema ateu. Mas não podemos estar completamente satisfeitos com o resultado, pois o Professor Flew não se tornou cristão.

Quando o apóstolo Paulo esteve diante da oposição, quer no areópago quer diante de Festo e Felix, não se contentou apenas em convencer seus ouvintes da existência de Deus. Na verdade, eles já eram teístas. Contudo, eles tinham renhida necessidade de se reconciliarem com Deus, razão pela qual a mensagem de Paulo era centrada no evangelho de Jesus Cristo. Em uma época quando o ateísmo naturalista ganha aprovação popular, poderá ser tentador pensar que defender a existência de Deus deva ser nosso principal alvo. Mas se deixarmos de fora a mensagem cristocêntrica do evangelho, nosso trabalho apologético ficará incompleto.[3] Fomos comissionados a fazer discípulos do Senhor (Mt 28.18-20), não apenas teístas. Assim, pregamos Cristo crucificado a todas as pessoas, quer elas creiam quer não creiam em Deus.

[1] Antony Flew, There Is a God (New York: HarperCollins, 2007), 158.
[2] Antony Flew e Gary R. Habermas, “My Pilgrimage from Atheism to Theism: An Exclusive Interview with Former British Atheist Professor Antony Flew,” Philosophia Christi 6, no. 2 (Winter 2004). Online at www.biola.edu
[3] Se nos esquecermos da mensagem do evangelho que é centrada em Cristo, corremos o perigo de nos juntar a outros teístas, incluindo cristãos não evangélicos, em um esforço de convencer os não teístas a tornarem-se teístas.

Por Nathan Busenitz
Fonte: Blog Fiel
Via: [ Ministério Batista Bereia ]
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