Um furacão e três países.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Uma perguntinha, só uma: por que a mesma tempestade produziu diferentes sofrimentos a três países? O furacão Ike massacrou os indefesos haitianos e matou gente muito, muito miserável; depois, só castigou os cubanos que padecem com a anacrônica economia castrista. Quando chegar ao solo americano rico, os texanos estarão bem preparados para se defenderem de suas rajadas. Com eficientes programas de evacuação o povo vai poder se safar de sua ferocidade. E as residências, construídas de acordo com as rígidas legislações, terão grandes chances de suportar o açoite do Ike.
Quero saber. Haitianos são mais pecadores que cubanos e americanos? Se não, por que sofrem mais? Que justiça explicaria diferentes sortes diante de um fenômeno da natureza? Quando acontecem terremotos de uma mesma magnitude, os que agonizam debaixo da pobreza padecem mais. Insisto, quero saber o por quê.
Questiono, porque assisti o telejornal e me senti péssimo quando vi multidões padecendo. Simultaneamente no Haiti e na Índia mulheres e crianças esfomeadas corriam para receber comida com água na cintura. Quero conexões que façam sentido na minha alma; preciso organizar minha espiritualidade e fé. As respostas que me deram não me aquietam, já não satisfazem...
Por enquanto, a resposta que faz algum sentido é que o sofrimento assimétrico do Haiti, Cuba e Estados Unidos não tem nada a ver com Deus, mas com a injustiça, com a má distribuição da riqueza e com os processos históricos que fragilizaram duas nações e fortaleceram a outra.
Vivemos em um mundo com tempestades, terremotos, secas e tsunamis. Sei tão somente que, caso fôssemos solidários, menos provincianos e mais cidadãos do mundo, a sorte desses miseráveis não seria tão cruel.
Site consultado Ricardo Gondim

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