Aprendendo com Tomé

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

“Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei”. ( João 20.25).
É comum no meio cristão, e até mesmo no secular, identificar uma pessoa que duvide ou que tenha um comportamento cético em relação a algo, com o acontecido registrado no evangelho a respeito de Tomé. Mesmo pessoas não cristãs, conhecem o velho jargão que Tomé duvidou, por isso, todo aquele que duvida ou é incrédulo é automaticamente chamado de Tomé.
Pergunto, se algum dos discípulos ou até mesmo um de nós não estivesse presente na aparição de Cristo, não ocorreria também o questionamento e a dúvida? Estavam todos com medo, por tudo o que tinha acontecido dias antes na crucificação. Pois Cristo havia prometido ressuscitar e até o momento não havia ele ainda aparecido. Sim, Tomé duvidou e foi incrédulo, por ainda não ter a prova da ressurreição. Porém, podemos ver por outra ótica que Tomé duvidou foi dos discípulos, e não da pessoa de Jesus. Pois no momento que Cristo apareceu mais uma vez aos discípulos, Tomé reconhece Cristo como o próprio Deus (João 20.28). É verdade Tomé foi incrédulo, mas só até o momento de ter a prova, não podemos crucificar Tomé, e sim compreender e fazer uma exegese correta daquilo que aconteceu. Disse alguém no passado: Tomé duvidou para nós não precisar duvidar hoje. Deveras, não temos hoje dúvida alguma a respeito do senhorio de Cristo, mas necessitamos questionar a luz da Palavra de Deus certos ensinamentos, e tudo aquilo que nos rodeia ( I tessalonicenses 5.21).
Não é nosso interesse, fazer aqui uma apologia da dúvida que teve Tomé, mas sim, extrair desta lição a parte positiva que precisamos como igreja nos dias de hoje.
Vivemos hoje uma decadência moral em todas as esferas da sociedade pós-moderna, somos bombardeados pela mídia constantemente e ficamos estanques, engolimos tudo sem termos o mínimo de senso crítico. Não exigimos o mínimo de veracidade e somos receptivos a tudo aquilo que se apresenta como bom e belo. No meio cristão não é diferente, surge a cada dia novos ensinos e modismos que são ingeridos por nós, sem exigirmos o mínimo de respaldo bíblico. Não usamos o critério que tiveram os bereanos, que ao ouvirem o apóstolo Paulo, recorriam às escrituras para pesarem o conteúdo mencionado (Atos 17.11). Precisamos urgentemente exigir provas bíblicas naquilo que concerne a nossa fé, se não tivermos uma pitada de Tomé, podemos cair nas astúcias do inimigo. Provamos os espíritos, e aquilo que se sustentar diante de uma avaliação bíblica, recebamos sem medo e com satisfação. Mas aquilo que for uma novidade que possa ferir os ensinos bíblicos, é nocivo e precisa ser refutado.
A Palavra de Deus é que nos esclarece, e que nos ilumina à toda verdade, e mostra a vontade de Deus para sua igreja ( II Timóteo 3.16,17). Bem aventurados somos nós que não vimos Cristo fisicamente mas cremos pela fé. E mais bem aventurados seremos, se meditarmos e usarmos a Bíblia para exigir provas que se sustentem diante da grandeza da Palavra de Deus. Seja modismos, pregações, ou profecias de última hora, fiquemos com a Palavra de Deus que é luz para o nosso caminho.

Pr. Rubiel Cardoso

1 comment

Anônimo disse...

É verdade precisamos usar a Bíblia, e ela ser a única fonte de fé para nossa vida!

26 de janeiro de 2009 às 20:07

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