0 A memória dos glorificados!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013



 O que conheceremos no estado de glorificação não anulará o que aprendemos no tempo presente. Então, surge a questão se teremos lembrança de quem fomos aqui, de nossos parentes e amigos, das coisas boas e tristes que ocorreram conosco quando estivermos no novo céu e nova terra? Mas será que a Escritura nada tem a nos dizer acerca disto?

Este estudo não se refere à memória dos salvos ou condenados durante o estado intermediário, comumente chamado céu e inferno, mas ao seu estado eterno após o juízo final. Pelas evidências bíblicas sabemos que aqueles que estão no céu ou no inferno usufruem de consciência e memória dos seus sofrimentos, ou, clamam dia e noite para que Deus manifeste a sua justiça sobre os ímpios (Lc 16:19-31; Ap 6:9-11).

A problematização toda se resume no fato de que há quem pense que, após o juízo final, não haverá nenhuma recordação dos eventos passados. Concluem que quando Deus estabelecer definitivamente a realidade do novo céu e da nova terra, Ele anulará toda lembrança que envolve sofrimento. Um escritor afirmou que “sequer recordaremos deste velho mundo a que chamamos terra... não poderemos ainda que o queiramos. Simplesmente não virá às nossas mentes.”[1] De modo semelhante Millard Erickson opina que

"poderíamos deduzir que não recordaremos de nossos fracassos, pecados passados, nem das pessoas amadas que tenhamos perdido, pois isto introduziria uma pena que é incompatível com “Deus enxugará toda dos seus olhos; e não mais haverá a morte, nem pranto, nem clamor ou dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4)."[2]

Ele crê que haveria completa descontinuidade de conhecimento entre o tempo presente e o futuro. Seria como se Deus simplesmente apagasse a memória dos glorificados, fazendo-os esquecer de tudo o que se refere ao sofrimento em seu estado decaído e, desfazendo toda relação mental com aqueles que foram condenados à punição eterna, cancelando deste modo as suas recordações acerca de quem eram, ou quais vínculos afetivos tiveram anteriormente. Erickson ainda pressupõe que saber que os seus amados não desfrutarão da vida celestial, causaria um sofrimento desnecessário e impróprio, visto ser este eterno estado somente de satisfação na presença gozosa do Senhor Deus. Entretanto, esse pensamento não condiz com o ensino das Escrituras, e preserva uma errônea premissa de que será anulada a recordação dos efeitos do pecado naquele estado de glória.

Pensemos em algumas questões para que cheguemos a uma conclusão segura neste assunto. Não há na Escritura claro ensino de que Deus apagará a memória dos salvos que estão no céu, neste tempo intermediário; nem mesmo há indicação bíblica de que no futuro os glorificados não terão memória das coisas passadas. Memória e identidade mantêm relações inseparáveis. O que Carter Lindberg afirma da memória no tempo presente também pode ser declarado para os que estarão no estado de glorificação, ou seja, a “perda da memória não é apenas a ausência de ‘fatos’ – é a perda da identidade pessoal, familiar, amigos e de todo o complexo de significados da vida.”[3] Deus ressuscitará a uns e transformará a outros, mas a glorificação não anulará a identidade essencial de ninguém. Os ressurretos serão funcionalmente perfeitos em todas as suas faculdades.

Será que na perfeita eternidade seremos menos inteligentes do que no presente tempo afetado pelo pecado? Wayne Grudem comentando 1 Co 13:12 interpreta que Paulo “diz apenas que conheceremos de modo mais completo ou intenso, ‘como também somos conhecidos’, ou seja, sem nenhum erro nem interpretação incorreta em nosso conhecimento.”[4] O discernimento e a sabedoria serão dominantes em nosso senso crítico e conheceremos perfeitamente com a mente de Cristo.

Após a glorificação usufruiremos de uma inteligência que será capaz de assimilar e relacionar informações entre si, e mais, uma inteligência emocional glorificada. Não estaremos mais sujeitos a afeições pecaminosas, nem tenderemos a sentimentos desordenados e, deste modo, a memória não será instigada com emoções corrompidas por vingança, amargura, insatisfação, trauma ou algo que possa causar sofrimento como neste tempo presente. Mesmo que nos lembremos de situações entristecedoras, eventos dolorosos e pecados vergonhosos, estas recordações não produzirão algum tipo de depressão, nem suscitarão traumas, mas exaltará a misericórdia de Deus!

No estado futuro o corpo será glorificado como o do nosso Senhor Jesus (1 Co 15:35-49). Embora houvesse descontinuidade da aparência afetada pelas consequências do pecado e da terrível tortura sofrida antes e durante a crucificação, podemos perceber que a mente de nosso Senhor permaneceu intacta após a ressurreição. Ele sabia, recordava e ainda repreendeu os discípulos por não crerem naquilo que ele havia ensinado antes de ser preso. No céu os filhos de Deus têm a sua memória preservada, então, por que devemos crer que no novo céu ela deixará de existir?

Lemos nas Escrituras, que os redimidos no céu estão louvando a Deus cantando “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir” (Ap 4:8). Em sua visão o apóstolo João descreve que “quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. Eles clamavam em alta voz: ‘Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?’ Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles” (Ap 6:9-11). Há neles uma consciência das coisas passadas que lhes ocorreram por causa de sua submissão ao Evangelho de Cristo. Eles não estão invocando por algo que não sabem, nem clamando por alguma coisa que não recordam!

A perda de memória afetaria os motivos de gratidão de louvor a Deus realizado no passado.[5] Eles adorariam a Deus por tão grande salvação, ou, pelos livramentos, e ainda, pela providência nas necessidades, ou, pelo conforto em meio à dor e perseguições e à humilhação desmedida? A história exemplifica o testemunho de milhares de mártires que viveram e morreram, cantando adoração fielmente a Cristo Jesus.

Os saduceus em sua capciosa questão, pressupondo a não ressurreição futura, interpelam a Jesus acerca de quem seria o esposo da mulher que tivesse se casado sucessivamente com sete irmãos (Mt 22:23-29). Tanto a pergunta dos saduceus, como a resposta de Cristo, implicam que a viúva e os seus maridos se reconheceriam na ressurreição, por haver continuidade de memória, entretanto, não seriam mais cônjuges, pois haverá uma descontinuidade de relação marital entre eles.[6]

Devemos considerar que a perda de memória de tudo o que viveram e dos seus conhecidos, também seria uma forma de sofrimento. Aqueles que convivem com pessoas que padecem do mal de Alzheimer sabem o quanto é doloroso a anulação de suas lembranças, porque envolve a anulação de identidade e vínculos afetivos. A memória preservada poderá trazer algum sofrimento inicial, mas seremos suficientemente confortados na nova terra. A lembrança de eventos dolorosos será interpretada à luz da providência de Deus. Ali entenderemos tudo o que o Senhor quiser nos revelar, pois, por enquanto somos incapazes de compreender.

A ausência de pessoas amadas será aceita por submissão à soberania de Deus (Rm 9:1-18; 11:33-36). A nossa percepção da justiça de Deus será perfeita em contraste com a perversidade de seus pecados contra a divina santidade, e a sua consequente e merecida condenação eterna. Neste aspecto se o nosso amor por nossos familiares e amigos for maior do que o nosso amor e temor pelo Senhor, então estamos desalinhados do propósito de Deus. Os maiores motivos de consolo diante de possíveis lembranças tristes será uma visão gloriosa, bem como a gozosa presença e a comunhão perfeita de Deus (Ap 22:1-4). Jonathan Edwards sustentou que “a felicidade do [novo] céu é progressiva e tem vários períodos nos quais tem um novo e glorioso avanço que consiste em contemplar as manifestações que Deus fez de si mesmo na obra da redenção.”[7] Todos os salvos de todas as épocas se reconhecerão porque Deus revelará a identidade de cada um.

Não há motivos para temermos ter memória no novo céu e nova terra. Tudo o que lembrarmos em estado perfeito de glorificação, sem conflitos e desordens, será conforme a finalidade para a qual fomos primeiramente criados: a glória do Senhor!

Por Rev. Ewerton B. Tokashiki

Notas:
[1] Salem Kirban, What is Heaven like? (Huntingdon Valley, Second Coming, 1991), p. 8.
[2] Millard Erickson, Teología Sistemática (Barcelona, Editorial CLIE, 2a.ed., 2008), p. 1236.
[3] Carter Lindberg, Uma Breve História do Cristianismo (São Paulo, Edições Loyola, 2008), p. 15.
[4] Wayne Grudem, Teologia Sistemática (São Paulo, Edições Vida Nova, 1999), p. 994.
[5] No ano de 1546, Felipe Melanchton pronunciou um discurso em memória ao falecido Martinho Lutero. Nesta preleção ele disse “recordemos com grande deleite como [Lutero] narrou a trajetória, os conselhos, os perigos e aventuras dos profetas e a erudição com que dissertou sobre os períodos da Igreja, mostrando dessa forma que estava ardendo com uma paixão extraordinária por esses maravilhosos homens. Agora eles o recebem com alegria como um companheiro e agradecem a Deus com ele por tê-los reunido e preservado a Igreja.” W. Robertson Nicoll, Reunion in Eternity (New York, George H. Doran Publishers, 1919), p. 117-118.
[6] E.H. Jonhson, An Outline of Systematic Theology (Philadelphia, American Baptist Publication Society, 1895), p. 308.
[7] John Gerstner, Jonathan Edwards on Heaven and Hell (Grand Rapids, Baker Books, 1980), p. 24.


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Fonte: Estudantes de Teologia
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Jonathan Edwards e a Graça Falsificada!

quarta-feira, 17 de abril de 2013


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Em um mundo que gira de maneira onipresente em tudo que faz em torno do auto-proteger-se, se promover, se preservar, se divertir, se consolar, cuidar de si mesmo, se auto-justificar... Jesus disse: “Mate-se”...

Ao não estar baseado na Bíblia, mas em marés culturais, começamos a pregar um “evangelho” completamente diferente dessa verdade radical. Muitas vezes um “evangelho” nascido das marés culturais é chamado de “radical”, mas o que ele tem de “radical” senão ser a expressão do homem centrado em si mesmo?Ser um eco do mundo não é ser radical! Tentando ser culturalmente “relevante” minimizamos a convocação de Cristo ao abandono total; o que gerou apenas associação superficial com Cristo. Mas o chamado a seguir a Cristo não é o convite a ir a frente num culto e fazer uma oração e depois “cristianizar” tudo que eu já gostava, tudo que eu gostava antes... meus valores, tribo... é um chamado, uma convocação para perder a vida.

Uma abordagem não bíblica gerou uma visão completamente superficial em nossa geração do que é a Regeneração, arrependimento, conversão... Ao estudar as epístolas de Paulo vemos o tempo todo ele falando de:

uma nova vontade, uma mente nova, um coração novo, um novo poder para viver em santidade, um novo conhecimento, uma nova sabedoria, uma nova percepção, um novo entendimento, uma nova vida, uma nova herança, uma nova relação, uma nova justiça, um novo amor, um novo desejo, uma nova cidadania, etc... 

Na verdade somando tudo isso a Bíblia diz que é novidade de vida!

"De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida." Romanos 6:4

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". 2 Coríntios 5:17

Tudo se fez novo? Quando essa afirmação é verdadeira, tudo se fez novo para sempre!

Numa mensagem baseada em Lucas 9.57: “E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.” –Chamada -  “A Heart to Do the Will of God,” – Jonathan Edwards (1703-1758) diz –

Como seu cristianismo prova a si mesmo? Você olha para trás e pode lembrar de um tempo em que tinha o que se pode chamar de uma grande descoberta? Um grande sentimento, um tempo onde você tinha grandes afetos...? Mas isso não prova nada, diz Ele – Nós lemos que alguns ouvem a Palavra e a ‘recebem’ com alegria, mas, quando a prova, sofrimento, dificuldades... fluem sobre eles, toda alegria se esvai. Lemos sobre alguns que ‘acreditavam’ em Cristo, mas Cristo sabia que não havia veracidade nesse crer: “creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia...” - João 2:23-24 – A razão disso, é que por conhecer o coração deles, Cristo sabia que eles não tinham um coração para realmente fazer a vontade de Deus.

Então, diz Jonathan Edwards  –

A pergunta é se depois de todos os teus sentimentos, afetos e boas intenções, você na verdade é como o homem de quem Cristo fala em Mateus 21.30, que disse: “Eu vou, senhor”, e não foi. A característica da graça falsificada é que ela é ineficaz, não faz nada acontecer no profundo e na fonte da vida do homem, e por isso, é vazia de poder para viver a vontade de Deus. A falsa conversão afetas o homem de muitas maneiras – entre elas – Primeiro, é incapaz de levar o homem para a vontade de Deus... uma segunda maneira, que parece mais “piedosa” – ele leva o homem a ‘tristeza’ por não desejar e fazer a vontade de Deus... Mas ela nunca é eficaz para levar os  homens a realmente viver a vontade de Deus e se deleitar em obedecê-lo, negando a si mesmo.

A Graça falsificada não é eficaz porque não é substancial. A experiências de hipócritas – por continuarem focados em si – e só verem “beleza” em Deus a medida que imaginam como Deus os valoriza, jamais são substanciais. Onde a verdadeira graça opera, há uma certa solidez nas experiências e afeições dos verdadeiros santos, onde ela se torna eficaz e é suficiente para levá-los através de todas as provações e sofrimentos numa vida que glorifica a Deus. Há uma solidez na graça verdadeira, um peso substancial que opera no homem com poder e o governa. A graça verdadeira tem a posse do coração do homem, de sua natureza interior, e influencia todas as suas faculdades e o faz fixada no caminho do dever que glorifica a Deus. Há algo nas experiências e afeições dos verdadeiros santos que os torna dotados de uma natureza prática, uma vida real que glorifica a Deus em submissão alegre.”

Essa é a obra permanente do Espírito de Deus nos corações que Ele regenerou. Cuidado! Como certa vez disse John Owen (1616-1683), é possível estarmos perturbados pelas consequências do pecado, mesmo sem odiarmos o próprio pecado. Na sua perturbação você pode estar buscando a misericórdia de Deus e ao mesmo tempo se apegando ao pecado que ama. Esse é o exato oposto do operar da verdadeira Graça.

Josemar Bessa

Fonte: Site do autor
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A necessidade da oração!

domingo, 17 de março de 2013



A questão que surge é: Se Deus sabe todas as coisas, por que então orar? Calvino responde:

"...os que argumentam desse modo não vêem a que fim o Senhor instituiu a oração para os Seus. Porque não a estabeleceu por Sua causa, mas em atenção a nós. Porque, embora Ele esteja sempre em vigilância e faça constantemente a ronda para nos preservar, mesmo quando somos tão tolos e obtusos que não percebemos os males que nos rodeiam, e embora por vezes Ele nos dê socorro antes de ser invocado, todavia nos é necessário suplicá-lo constantemente." [1]

Portanto, devemos orar:

1 - "A fim de que o nosso coração seja inflamado de um veemente e ardente desejo de buscar, amar e honrar sempre a Deus, o que nos fará habituar-nos a ter nele o nosso refúgio em todas as necessidades, como o único porto de salvação". [2] Assim que as tentações nos assaltarem, que oremos sempre para que Deus faça a luz de sua verdade resplandecer sobre nós, a fim de que, recorrendo a invenções pecaminosas, não nos desviemos e perambulemos por desvios e caminhos proibidos." [3]

2 - "A fim de que o nosso coração seja tocado de algum desejo, que nem sempre Lhe ousamos confessar de imediato, como quando expomos diante dos Seus olhos todo o nosso afeto e, por assim dizer, desenrolamos e abrimos todo o nosso coração perante Ele." [4]

3 - "A fim de que sejamos habilitados a receber Suas bênçãos com verdadeiro reconhecimento e ação de graças, visto que pela oração somos advertidos de que elas nos vêm da Sua mão." [5]

4 - Além desses motivos, este: "A fim de que, tendo obtido o que pedimos, tenhamos em consideração o fato de que Ele nos atendeu e, por isso, sejamos incitados a meditar mais ardorosamente em Sua benignidade. E também tenhamos mais prazer em gozar os benefícios que Ele nos faz, tendo em mente que os obtivemos por meio das nossas orações. Finalmente,  fim de que a Sua providência seja confirmada e aprovada em nosso coração, na medida da nossa pequena capacidade, sendo que nós vemos que Ele não somente promete jamais abandonar-nos, mas também nos dá acesso para buscá-lo e Lhe fazer súplicas quando há necessidade." [6]

De forma figurada, Calvino diz que "o coração de Deus é um 'Santo dos Santos', inacessível a todos os homens", e é o Espírito quem nos conduz a ele. Ele entendia que "com a oração encontramos e desenterramos os tesouros que se mostram e descobrem à nossa fé pelo Evangelho" [7], e que "a oração é um dever compulsório de todos os dias e de todos os momentos de nossa vida". [8] Mais: "Os crentes genuínos, quando confiam em Deus, não se tornam por essa conta negligentes à oração". [9] "A oração tem primazia na adoração e no serviço a Deus". [10] Daí o conselho: "A não ser que estabeleçamos horas definidas para a oração, facilmente negligenciaremos a prática". [11] No entanto, devemos ter sempre presente que é o Espírito "Quem deve prescrever a forma de nossas orações." [12] "Agora, quando é necessário, e de quantas maneiras o exercício da oração é útil para nós, não se pode explicar satisfatoriamente com palavras." [13]



Por Rev. Hermisten Maia
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Notas:

[1] - As Institutas (1541), III .9.
[2] - Idem
[3] - O Livro dos Salmos, vol. 1, p. 542.
[4] - As Institutas (1541), III.9.
[5] -  Idem
[6] - Idem
[7] - As Institutas (1541), III.20.2.
[8] - O Livro dos Salmos, vol.2, p. 410.
[9] - Idem, vol. 1, p. 633. Cf. tb. As Institutas, III.20.1.
[10] - O Profeta Daniel: 1-6, vol. 1, p. 371.
[11] - Idem, p. 375.
[12] - Exposição de Romanos, p. 291.
[13] - As Institutas (1541), III.9.

Fonte: Rev. Hermisten Maia - Fundamentos da Teologia Reformada, Editora Mundo Cristão, pags. 124-126. 
Divulgação: Bereianos
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Eu estou indo para sempre!

sábado, 2 de março de 2013



Em 23 de agosto de 1683 - um dia antes de morrer - John Owen (Um gigante na história da igreja) ditou uma carta final para seu amigo Charles Fleetwood. Parte dela diz:

Eu estou indo para Ele a quem a minha alma tem amado, ou melhor, que me amou com um amor eterno, que é todo fundamento de toda minha consolação. A passagem é muito cansativa e sofrida, através de fortes dores de vários tipos que são acompanhadas de uma febre intermitente... Eu estou deixando o navio da igreja em uma tempestade, mas enquanto o grande piloto está nele a perda de um pobre remador será desprezível.

Apesar de ser um dos maiores nomes na história da igreja neste mundo, John Owen entendeu, como todos devemos entender, que depois de vivermos totalmente para Deus aqui, devemos partir em paz sabendo que é Deus quem edifica e guarda sua igreja e não nós. Somos apenas pobres remadores. O capitão levará o barco até o porto: “Eu edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não poderão vencê-la.” - Mateus 16:18 – Ele edifica e garante a entrada de cada santo, cada homem regenerado que compõe a Sua igreja, na glória: “Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém.” - Judas 1:24-25

Somos apenas remadores, talvez não como John Owen foi, mas ainda assim remadores. Remem enquanto esse é o tempo determinado para nós fazermos isso. Depois Ele nos receberá na glória e continuará edificando Sua igreja.

Por Josemar Bessa

Fonte: Josemar Bessa
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Consolo nas aflições, sofrimentos compensados!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013



“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Romanos 8:18)

 Ah, alguém diz, que essa passagem deve ter sido escrita por um homem que não conhecia o sofrimento, ou por alguém familiarizado com nada mais do que as leves irritações da vida. Não é isso. Estas palavras foram escritas sob a direção do Espírito Santo, e por alguém que bebeu profundamente do cálice do sofrimento, sim, por alguém que sofreu aflições em suas formas mais intensas. Veja o seu próprio testemunho: "Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;  Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez"(2 Coríntios 11:24-27). “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

Esta, então foi a firme convicção, não de alguém "favorito da sorte", não de alguém que encontrou na jornada da vida um caminho atapetado, rodeado com rosas, mas, ao contrário, de alguém que foi odiado por seus parentes, que foi muitas vezes espancado, que sabia o que era ser privado não só do conforto, mas também das necessidades básicas da vida. Como, então explicar o seu alegre otimismo? Qual foi o segredo da sua dignidade sobre seus problemas e provações?

A primeira coisa com a qual o apóstolo penosamente provado consolou-se era que os sofrimentos do cristão são de curta duração - que estão limitados ao "tempo presente". Isto está em nítido e em solene contraste com sofrimentos dos que rejeitam a Cristo. Seus sofrimentos serão eternos: para sempre atormentados no Lago de Fogo. Mas muito diferente é para o crente. Seus sofrimentos são restritos a esta vida na Terra, que é comparado a uma flor que sai e é cortada, a uma sombra que foge e não permanece. Uns poucos anos no máximo, e vamos passar deste vale de lágrimas para aquele país abençoado, onde lamentos e choros nunca mais serão ouvidos.

Em segundo lugar, o apóstolo olhou além, com os olhos da fé para "a glória". Para Paulo "a glória" era algo mais do que um sonho lindo. Era uma realidade prática, exercendo uma poderosa influência sobre ele, consolando-o nas horas mais críticas e difíceis da adversidade. Este é um dos verdadeiros testes da fé. O cristão tem um sólido suporte na hora da aflição, quando o incrédulo não tem. O filho de Deus sabe que na presença do Pai "háfartura de alegrias", e que à sua mão direita "há delícias perpetuamente". E a fé se apodera deles, apropria-se deles, e vive na alegria reconfortante deles até agora. Assim como Israel no deserto foi encorajado por uma visão do que os esperava na terra prometida (Nm 13:23,26), assim, aquele que hoje caminha pela fé, e não por vista, contempla o que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, mas o que Deus pelo Seu Espírito Santo tem revelado a nós (1 Cor. 2:9,10).

Em terceiro lugar, o apóstolo se regozijou "com a glória que em nós há de ser revelada". Tudo isso significa que ainda não somos capazes de ter uma compreensão plena dessas coisas. Mas mais do que uma dica foi concedida a nós. Haverá:

(a) A "glória" de um corpo perfeito. Naquele dia esta corrupção se revestirá da incorruptibilidade, e isto que é mortal, da imortalidade. O que foi semeado em ignomínia será ressuscitado em glória, e o que foi semeado em fraqueza será ressuscitado em vigor. Assim como trouxemos a imagem do terreno, devemos trazer também a imagem do celestial (1 Coríntios. 15:49). O conteúdo dessas expressões é resumido e amplificado em Filipenses 3:20,21: "Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”.

(b) Haverá a glória de uma mente transformada. "Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido" (1 Cor 13:12). Oh, que envolvimento de luz intelectual com que cada mente será glorificada! Que faixa de luz vai envolvê-la! Que capacidade de entendimento vai deleitá-la! Então todos os mistérios serão desvendados, todos os problemas resolvidos, todas as discrepâncias reconciliadas. Então cada verdade da revelação de Deus, cada evento de Sua providência, cada decisão de seu governo, ficará ainda mais transparentemente clara e resplandecente como o próprio sol. Você, em sua busca presente pelo conhecimento espiritual, lamenta a escuridão da sua mente, a fraqueza de sua memória, as limitações de suas faculdades intelectuais? Então nos regozijemos na esperança da glória que está para ser revelada em você - quando todos os seus poderes intelectuais serão renovados, desenvolvidos, aperfeiçoados, de modo que você conhecerá como você é conhecido.

(c) Melhor de tudo, haverá a glória da santidade perfeita. A obra da graça de Deus em nós, então, será completada. Ele prometeu que aperfeiçoará "o que me toca" (Salmo 138:8). Então será a consumação de pureza. Fomos predestinados para sermos "conformes à imagem de Seu Filho" (Rm 8:29), e quando O veremos "seremos semelhantes a ele" (1 João 3:2). Então, nossas mentes não serão mais contaminadas por imaginações do mal, nossas consciências não serão mais manchadas por um sentimento de culpa, nossas afeições não serão mais enganadas por objetos indignos. Que perspectiva maravilhosa é esta! A "glória" que será revelada em mim agora dificilmente pode refletir um raio solitário de luz! Em mim - tão desobediente, tão indigno, tão pecador, vivendo tão pouco em comunhão com Aquele que é o Pai das luzes! Pode ser que em mim esta glória seja revelada? Assim afirma a infalível Palavra de Deus. Se eu sou um filho da luz por estar "nele", que é o resplendor da glória do Pai, mesmo que agora habite em meio a tons escuros do mundo, um dia irei ofuscar o brilho do firmamento. E quando o Senhor Jesus retornar a esta terra ele deve ser "admirável naquele dia em todos os que creem" (II Tes. 1:10).

Finalmente, o apóstolo aqui pesa o "sofrimento" do tempo presente em oposição a "glória", que deverá ser revelada em nós, e como ele declarou que uma "não é digna de ser comparada" com a outra. Uma é transitória, outra é eterna. Como, então, não há proporção entre o finito e o infinito, não há comparação entre os sofrimentos da terra e a glória do céu. Um segundo de glória superarão uma vida de sofrimento. O que são os anos de labuta, de doença, de lutar com a pobreza, de tristeza em qualquer forma, quando comparados com a glória da terra de Emanuel! Beber do rio da vida na mão direita de Deus, uma respiração no paraíso, um instante em meio ao sangue lavado ao redor do trono, será mais do que compensador do que todas as lágrimas e gemidos da terra.  “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

Que o Espírito Santo permita que tanto o escritor quanto o leitor se agarrem a isso e apropriem-se com fé e vida na posse presente e gozo disso para o louvor da glória da graça divina.

Da obra "Comfort for Christians" de A.W. Pink – Consolo nas Aflições, sofrimentos compensados, capítulo 3 - Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira – Li em:Discernimento Bíblico.

Fonte: Reformando-me
.

Por A. W. Pink

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A corrupção é falta de cristianismo verdadeiro!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013




“Sem Jesus Cristo o homem permanece no vício de si mesmo e na conseqüente miséria” Blaise Pascal

Blaise Pascal foi um dos grandes pensadores que o mundo conheceu, porém, a maior contribuição de pascal a humanidade foi sua fé. Pascal era um cristão convicto.

O Cristianismo foi o modelador da cultura ocidental. E que possibilitou a educação de qualidade em todos os níveis até o avanço científico e tecnológico, o cristianismo é com certeza a alma da ciência como afirma a escritora e pesquisadora Nancy Pearcey.

Algumas falácias são escritas e ditas sobre o cristianismo ser uma religião intolerante e que trás atraso cultural. Todavia quando se analisa a história sem pressupostos errados, percebe-se a falácia dos irreligiosos ou não cristãos.

Na educação o cristianismo e principalmente o protestantismo levaram a Europa a patamares nunca antes imaginados. Os grandes nomes da pedagogia européia são Martinho Lutero; Jan Amos Komenský (em latim, Comenius; em português, Comênio), bem como o humanismo cristão João Calvino, que também investiu grandemente na educação. O legado protestante na América do Norte se faz sentir em Yale College; Universidade de Princeton e a famosa Universidade de Harvard, citando apenas algumas.

Nos países como Dinamarca, Finlândia e Holanda, há forte traço cristão de cunho protestante e de longa data, assim como até mesmo na frança esta marca cristão se faz sentir, porém entre os franceses é o catolicismo o de mais influencia, ao passo que apenas 18% dos suecos são classificados como religiosos.

A falácia de que quanto maior a educação formal menos religiosa é a pessoa ou a cultura, não tem fundamento, veja-se, por exemplo, as grandes potenciam ocidentais. E nisso o protestantismo leva vantagem no desenvolvimento e na educação social bem como no progresso. Basta ler uma análise do sistema capitalista por Max Weber, em: “o protestantismo e o espírito do capitalismo”.

O fato verdadeiro se concretiza em que a religião e sumamente a cristã protestante eleva o ser humano socialmente, à medida que quando entra em contato com o Evangelho e não sabia ler, para acompanhar a pregação aprende a ler, incentiva os filhos a estudar que por sua vez já colocam os seus filhos na universidade.

Países com origem cristã protestante são mais avessos a corrupção pelo próprio cerne do protestantismo.

Se analisar pormenorizadamente a questão, pode-se afirmar que países não cristãos e ateus, são os mais corruptos. Exatamente pela ausência da ética religiosa do cristianismo, o fato se demonstra em que se elenquem os dois países mais corruptos do mundo como o caso da Somália, que por fontes de Open Doors existem apenas mil cristãos em uma população formada praticamente por Slâmicos.

A Coréia do Norte esta em segundo lugar no ranking dos mais corruptos, e é um país ateísta, uma forma modificada de ateísmo. Naquele país dominado pela ignorância e intolerância, a religião é depreciada e, o estado tenta impor uma doutrina filosófica idiotizante de ateísmo e culto ao ditador.

Na verdade o que leva o avanço ao mundo é o cristianismo, e este plenamente representado pelos protestantes; históricos e pentecostais. Os neo-pentecostais e os televangelistas da prosperidade não fazem parte desta máxima, pois estão mais aparelhados com o catolicismo medieval do que com o protestantismo.


Por Rev. Geremias Vale

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5 Sinais de que você glorifica a si mesmo!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013



É importante reconhecer o fruto de autoglorificar-se em você e em seu ministério. Que Deus use esta lista para lhe conceder sabedoria diagnóstica. Que ele use esta lista para expor seu coração e redirecionar seu ministério.

Autoglorificar-se fará com que você:

1. Ostente em público o que deveria ser mantido em particular.

Os fariseus são um vívido exemplo primário para nós. Porque eles viam suas vidas como gloriosas, eles eram ligeiros em ostentar essa glória diante dos olhos de quem estivesse vendo. Quanto mais você pensa que você já chegou lá, e quanto menos você vê a si mesmo como necessitando de graça resgatadora, mais você tenderá à autorreferência e à autocongratulação. Por você estar atento à autoglorificação, você vai trabalhar para conseguir maior glória mesmo quando não estiver consciente de que está fazendo isso. Você tenderá a contar histórias pessoais que fazem de você o herói. Você encontrará maneiras, em cenários públicos, de falar de atos privados de fé. Por você se achar digno de aplausos, você buscará os aplausos de outros encontrando maneiras de apresentar a si mesmo como “piedoso”.

Eu sei que a maioria dos pastores lendo esta coluna pensarão que nunca fariam isso. Mas estou convencido de que há mais “desfile de piedade” no ministério pastoral do que tendemos a pensar. Esta é uma das razões pelas quais eu acho conferências pastorais, reuniões de presbitério, assembleias gerais, convenções, e reuniões de plantação de igreja desconfortáveis às vezes. Após uma sessão ao redor da mesa, essas reuniões podem se degenerar a um “concurso de cuspe” de ministério pastoral, onde somos tentados a menos do que honestos sobre o que de fato está acontecendo em nossos corações e em nossos ministérios. Após celebrar a glória da graça do evangelho, há demasiado recebimento de glória autocongratulatória por pessoas que parecem precisar de mais aplausos do que merecem.

2. Seja demasiadamente autorreferente

Todos nós sabemos disso, todos nós já vimos isso, todos nós já ficamos desconfortáveis com isso, e todos nós já fizemos isso. Pessoas orgulhosas tendem a falar muito de si mesmas. Pessoas orgulhosas tendem a gostar mais de suas próprias opiniões do que das opiniões dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que suas histórias são mais interessantes e cativantes do que as dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que eles sabem e entendem mais do que os outros. Pessoas orgulhosas pensam que conquistaram o direito de serem ouvidas. Pessoas orgulhosas, por basicamente terem orgulho do que sabem e do que fizeram, falam muito sobre ambos. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas fraquezas. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas falhas. Pessoas orgulhosas não confessam pecado. Então pessoas orgulhosas são melhores em colocar os holofotes sobre si mesmas do que em refletir a luz de suas histórias e opiniões de volta para a gloriosa e completamente imerecida graça de Deus.

3. Fale quando deveria ficar calado.

Quando você pensa que já chegou lá, você é bem orgulhoso e confiante de suas opiniões. Você confia em suas opiniões, então você não está tão interessado nas opiniões dos outros quanto deveria estar. Você tenderá a querer que seus pensamentos, perspectivas e pontos de vista vençam em qualquer reunião ou conversa. Isso significa que você estará muito mais confortável do que você deveria estar com dominar um grupo com sua conversa. Você falhará em ver que na multidão de conselhos há sabedoria. Você falhará em ver o ministério essencial do corpo de Cristo em sua vida. Você falhará em reconhecer suas tendências e sua cegueira espiritual. Você não irá a reuniões formais ou informais com um senso pessoal de necessidade do que os outros têm a oferecer, e você controlará a conversa mais do que deveria.

4. Fique quieto quando deveria falar.

A autoglorificação pode ir para o outro lado também. Líderes que são muito autoconfiantes, que involuntariamente atribuem a si mesmos o que poderia apenas ser efetuado pela graça, frequentemente veem reuniões como uma perda de tempo. Por serem orgulhosos, eles são muito independentes, então as reuniões tendem a ser vistas como uma interrupção irritante e inútil de uma agenda ministerial já sobrecarregada. Por causa disso, ou eles acabarão com todas as reuniões ou as tolerarão, tentando finalizá-las o mais rápido possível. Então eles não lançam suas ideias para consideração e avaliação porque, francamente, eles não acham que precisam. E quando suas ideias estão na mesa e sendo debatidas, eles não entram na briga, porque eles pensam que o que eles opinaram ou propuseram simplesmente não precisa de defesa. A autoglorificação fará com que você fale demais quando você deveria ouvir, e com que você não sinta necessidade de falar quando você certamente deveria.

5. Se importe demais com o que os outros pensam de você.

Quando você caiu no pensamento de que você é alguma coisa, você quer que as pessoas reconheçam esse “alguma coisa”. Novamente, você vê isso nos fariseus: avaliações pessoais de autoglorificação sempre levam a um comportamento de busca por glória. Pessoas que pensam que chegaram a algum lugar podem se tornar hipersensíveis a como outras pessoas reagem a elas. Por você ser hipervigilante, observando a maneira pela qual as pessoas em seu ministério respondem, você provavelmente nem sequer percebe como você faz as coisas por autoaclamação.

É triste, mas frequentemente ministramos o evangelho de Jesus Cristo por causa de nossa própria glória, não pela glória de Cristo ou a redenção das pessoas sob nossos cuidados. Eu já fiz isso. Eu já pensei durante a preparação de um sermão que um certo ponto, colocado de certa maneira, poderia ganhar um detrator e eu já fiquei observando à procura da reação das pessoas enquanto eu pregava. Nesses momentos, na pregação e na preparação de um sermão, eu abandonei meu chamado como embaixador da eterna glória de outro pelo propósito de conseguir para mim o louvor temporário dos homens.

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Por Paul Tripp

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Por Paul Tripp. Copyright © 2013 The Gospel Coalition, Inc. Todos os direitos reservados. Usado com permissão. Original: 5 Signs You Glorify Self.

Paul Tripp é pastor, escritor, e conferencista internacional. Ele é presidente do Paul Tripp Ministries e trabalha para conectar o poder transformador de Jesus Cristo ao dia a dia.

Tradução: Alan Cristie – Editora Fiel © Todos os direitos reservados

Fonte: Blog Fiel
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Pastor milionário da Assembleia de Deus diz que "vai ferrar" a 'Forbes'!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013



Silas Malafaia estima que seu patrimônio esteja em R$ 6 milhões e que a maior parte de seus bens são imóveis: nove, ao todo
Silas Malafaia estima que seu patrimônio esteja em R$ 6 milhões e que a maior parte de seus bens são imóveis: nove, ao todo
Foto: Getty Images
Após a revistaForbes publicar uma matéria na semana passada sobre a "indústria da fé" brasileira e citar que o pastor Silas Malafaia, líder do braço brasileiro da Assembleia de Deus, vale cerca de US$ 150 milhões (R$ 300 milhões), a revista será processada. "Vou ferrar esses caras", disse Malafaia à colunista do jornal Folha de S. Paulo Mônica Bergamo. A entrevista foi publicada nesta terça-feira e, nela, o pastor afirma viver de renda voluntária. Além disso, Malafaia afirmou que a Forbes o prejudicou porque, para os fiéis, a impressão que fica é que os integrantes estão sendo roubados ao pagar o dízimo, disse o pastor ao jornal brasileiro.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Silas Malafaia estima que seu patrimônio esteja em R$ 6 milhões e que a maior parte de seus bens são imóveis: nove, ao todo. Segundo o jornal, são eles: uma casa hoje avaliada em cerca de R$ 2,5 milhões que teria sido comprada por R$ 800 mil no Rio de Janeiro; apartamento de R$ 400 mil para cada um de seus três filhos; quatro adquiridos na planta (por R$ 450 mil) e outro na Flórida (EUA), de R$ 500 mil. A Folha diz ainda que Malafaia afirma ter doado à igreja uma Mercedes blindada, que foi presente de aniversário de um empresário rico, "parceiro meu", segundo o pastor.
Polêmica
Na sexta-feira passada, a publicação americanaForbes divulgou uma matéria apontando que algumas igrejas brasileiras se tornaram negócios altamente lucrativos e fizeram com que alguns de seus líderes se transformassem em multimilionários, a chamada "indústria da fé". De acordo com a Forbes, o maior expoente desta indústria seria o bispo Edir Macedo, proprietário da Rede Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
A revista aponta que o fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que possui templos nos Estados Unidos, é, de longe, p mais rico pastor do Brasil, com um patrimônio líquido estimado em US$ 950 milhões (cerca de R$ 1,9 bilhão).
Segundo a revista, devido a acusações de charlatanismo, Macedo passou 11 dias na prisão em 1992, mas continua sendo processado por autoridades americanas e venezuelanas. Outros pastores também estão conseguindo ficar ricos. Valdemiro Santiago, um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, que teria sido expulso da instituição depois de alguns desentendimentos com o seu patrão, fundou sua igreja, a Igreja Mundial do Poder de Deus, que tem cerca de 900 mil seguidores e 4 mil templos. O patrimônio dele é estimado em US$ 220 milhões (R$ 440 milhões).
Silas Malafaia, líder do braço brasileiro da Assembleia de Deus, está constantemente envolvido em controvérsias relacionadas com a comunidade gay no Brasil, da qual ele se declara com orgulho de ser o maior inimigo, afirma a publicação. O defensor de uma lei que poderia classificar o homossexualismo como uma doença no Brasil, Malafaia também é uma figura proeminente no Twitter, onde é seguido por 440 mil usuários. Malafaia vale cerca de US$ 150 milhões (R$ 300 milhões).
Na lista de endinheirados listados pela Forbes ainda destacam-se Romildo Ribeiro Soares, conhecido simplesmente como RR Soares, o fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, que vale cerca de US$ 125 milhões (R$ 250 milhões) e os fundadores da Igreja Renascer em Cristo, "apóstolo" Estevam Hernandes Filho e sua esposa, "Bispa" Sonia, com 1 mil igrejas no Brasil e no exterior, e patrimônio líquido combinado estimado em US$ 65 milhões (R$ 130 milhões).
Conforme a Forbes, mesmo o Brasil sendo o maior país católico do mundo, com cerca de 123,2 milhões de fiéis dos 191 milhões de habitantes seguindo o Vaticano, os últimos dados do Censo mostram uma forte queda entre as fileiras dos católicos, que agora contam com apenas 64,6% da população - em 1970 a proporção chegava a 92% do total de habitantes. Enquanto isso, o número de evangélicos subiu de 15,4% uma década atrás, para 22,2%, ou 42,3 milhões de pessoas no último Censo (2010). É provável que a tendência de queda do catolicismo continue até 2030 e os católicos cheguem a representar menos de 50% dos fiéis brasileiros.
Fonte : Terra
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CULTO DE CONSAGRAÇÕES

sábado, 19 de janeiro de 2013





 

































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