Julgar ou não? O que diz a Palavra de Deus e não os “ungidos”.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

“julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de forma de mal – 1 Tessalonicenses 5:21 – 22”
Quando ousamos apontar o erro à luz das Escrituras em instituições religiosas ou em ministérios individuais, podemos comumente esperar receber várias mensagens de leitores nos acusando de "julgar". Visto que esse é o caso, estamos violando a recomendação do Senhor quando criticamos outros cristãos?
Devemos responder dizendo que muitos do povo de Deus interpretam mal esse verso e, como conseqüência, chegam a adotar a posição extrema da tolerância, não ensinada na Palavra de Deus! Em primeiro lugar e antes de tudo, devemos ser um povo de discernimento espiritual e exercer grande cautela em aceitar como genuínos aqueles que afirmam serem nossos irmãos porque a Bíblia claramente ensina que "… estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." [Mateus 7:14]. Ela também nos ensina que Satanás está ocupado "plantando joio no meio do trigo" — enchendo igrejas de descrentes. Portanto é de suma importância que não estejamos no grupo ao qual o lendário empresário circense P. T. Barnum certa vez se referiu dizendo: "Nasce um novo otário a cada minuto!" O Diabo não poderia estar mais satisfeito quando crentes bem-intencionados baixam a guarda e dão as boas-vindas a qualquer um e recebem a todos na igreja. Ele também fica gratificado quando essas mesmas pessoas ficam extremamente irritadas com os pastores que chamam a atenção das macieiras que estão produzindo limões. Vejamos em Mateus 7.15-20 a base para essa analogia:
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos de ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis." (ênfase adicionada)
Exercer discernimento espiritual é exercer julgamento. Uma das definições do dicionário de julgar é "formar opinião ou juízo crítico sobre; avaliar". Uma definição paralela de julgamento é "capacidade de tomar uma decisão ou formar uma opinião por discernimento e avaliação". Esse é o sentido de julgar, ou julgamento, que devemos ter o cuidado de manter, pois o Diabo está fazendo tudo em seu considerável poder para nos enganar por meio dos falsos "irmãos".
A orientação do Senhor para "não julgar" em Mateus 7:1 usa a palavra grega krino, cujo significado — de acordo com o Expository Dictionary of New Testament Words, de W. E. Vine — é: "primeiro indica separar, selecionar, escolher; portanto, determinar e então julgar, pronunciar julgamento". (ênfase minha). Em outras palavras a advertência é para nós não nos postarmos como juízes e pronunciar sentença contra uma pessoa — e condená-la — particularmente se estamos usando a nós mesmos como padrão. Isso não significa, entretanto, que devemos deixar de observar os outros e formar opiniões sobre a validade de sua profissão de fé. Isso não significa que os pastores devam deixar de advertir seu rebanho sobre o erro doutrinário nos ministérios dos outros pastores. Uma das maiores mentiras do Diabo é que a unidade deve ser preservada por meio da abolição de toda a crítica.
Em 1 Coríntios 5, encontramos o que o apóstolo Paulo ensinou aos crentes de Corinto sobre julgar indivíduos dentro da igreja. A base dessa passagem em particular envolve um homem que era membro da igreja, mas que estava vivendo em imoralidade aberta com "a mulher de seu pai" (verso 1). Aparentemente, a mulher era a madrasta do homem e, por causa de sua posição elevada na comunidade, esse pecado flagrante estava sendo relevado. Quando isso foi trazido ao conhecimento de Paulo, ele não mediu palavras para condenar a imoralidade e exigiu que a liderança da igreja entregasse o homem "a Satanás para a destruição da carne" (verso 5). Em outras palavras, a excomunhão — a remoção dos privilégios de membro e expulsão da assembléia — foi fortemente recomendada por Paulo. Isso significava punir o homem, colocando-o fora da proteção espiritual da igreja local e, como efeito, relegando-o de volta ao domínio de Satanás — onde sua carne (natureza carnal) ficaria debaixo de ataque demoníaco. Tudo isso foi feito com a esperança de que o homem procurasse arrependimento, perdão de Deus e restauração da comunhão com os outros irmãos. Essa história teve um final feliz, pois foi exatamente isso que o homem fez após ser disciplinado. No entanto, o ponto principal que não devemos perder encontra-se nas solenes palavras de Paulo nos versos de 11 a 13, onde exorta literalmente aos irmãos a exercerem julgamento espiritual nessa questão:
"Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo."
Outra interessante passagem encontra-se em 2 Tessalonicenses 3, onde parece que falsos mestres tinham convencido alguns dos crentes em Tessalônica que o Senhor estava para voltar em certa data. Assim, eles deixaram seus empregos, venderam suas posses, e estavam ansiosamente esperando o retorno de Cristo. Mas, enquanto esperavam, tinham de viver da generosidade de outros irmãos e, entre outras coisas, eram culpados de vadiagem e de "meter o nariz" nos negócios alheios. Para corrigir o problema, as palavras de Paulo nos versos 6, 14 e 15 uma vez mais encorajam julgamento apropriado:
"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu… Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão."
"Examinai tudo. Retende o bem."
O discernimento espiritual deve servir como nossa "antena de radar" e ser exercido em todas as coisas em nossa vida diária a fim de evitar que sejamos enganados pelo Diabo. Insistimos no tema da enganação por que a Palavra de Deus insta a fazer isso! Entenda que só por que alguém usa a terminologia do cristianismo e vai à igreja toda vez que as portas estão abertas — ou está de pé no púlpito quando você entra — não quer dizer necessariamente que é um crente em Cristo e nascido de novo. Ouça o testemunho interior do Espírito Santo no tocante àqueles que afirmam o título de "cristão" e se sua antena espiritual começar a vibrar, preste atenção nisso. Deus conhece seus corações e sabe se eles pertencem ou não a Ele (João 10.27). Observe-os bem e, se suas ações não se encaixam em sua profissão de fé, evite-os.
Os pastores são exortados em 2 Timóteo 4.2 a redarguir, repreender e exortar "com toda a longanimidade e doutrina". A palavra grega traduzida como "redarguir" é freqüentemente usada no sentido de "expor" e encontramos isso refletido em Efésios 5:11,13:
"E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as… Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta."
Apontar o erro doutrinário é uma parte essencial do ministério de qualquer pastor genuíno e deve ser feito para o benefício do povo de Deus. Então, quando acharmos necessário criticar as táticas e os ensinos dos outros, isso deve ser feito usando a Palavra de Deus como padrão e não as nossas próprias idéias. Quando se demonstra que alguém está em erro, a piedade e a popularidade reconhecidas dessa pessoa não devem ofuscar ou sobrepujar os fatos. Errado é errado, por maior que seja a reputação.
Julgar não é errado, quando é o exercício do discernimento espiritual. Que Deus nos conceda muito mais desse discernimento!
Não julgueis para não serdes julgados.
É pecado julgar? Em qual contexto isso é dito? É preciso observar o contexto, senão acaba sendo tolerância com o pecado.
Jesus disse: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7:1). Este versículo é citado por muitas pessoas para condenar qualquer pessoa que critica as doutrinas ou práticas religiosas de outros. Ironicamente, as pessoas que assim usam o texto não percebem que estão julgando a outra pessoa culpada de desobedecer esta proibição! É pecado julgar? Como é que devemos entender essas palavras de Jesus?
Jesus condena o julgamento hipócrita. Ele emprega uma imagem engraçada para ilustrar o ponto. Uma pessoa está sofrendo por causa de um cisco no olho, quando vem a outra oferecendo tirá-lo. Só que a outra, o juiz hipócrita, tem uma viga no olho dela! Jesus disse que temos que tirar nossas próprias vigas antes de remover os ciscos dos outros. Não devemos condenar os probleminhas dos outros quando praticamos pecados mais graves.
Jesus condena a atitude negativa do censor. Algumas pessoas vivem para criticar, sempre procurando e destacando as falhas dos outros. Tais pessoas convidam outros a ser críticos, também. Quando condenamos as pequenas falhas de outros, eles terão motivo para nos condenar (considere o exemplo do servo que não perdoou o outro, Mateus 18:23-35).
Jesus não condena a avaliação dos outros. Mateus 7 mostra claramente que Jesus não está condenando a avaliação dos outros. Temos que discernir entre o certo e o errado, e entre as pessoas que praticam as coisas de Deus e as que andam no erro. No versículo 6, Jesus exige o julgamento de pessoas que ouvem o evangelho, e a rejeição dos "porcos" e "cães". Do versículo 15 ao 20, ele ensina sobre o julgamento de professores pelos frutos (veja Mateus 16:6,11-12).
Paulo exige o julgamento. Não é o bastante dizer que o servo de Cristo pode julgar. O discípulo de Jesus é obrigado a julgar! Às vezes, alguém na igreja terá que julgar outros irmãos para resolver problemas (1 Coríntios 6:1-5). Em geral, todos nós temos que julgar todas as coisas, retendo o bem e rejeitando o mal (1 Tessalonicenses 5:21-22). Para discernir entre essas coisas, é necessário crescer espiritualmente (Hebreus 5:12-14). As pessoas incapazes de julgar continuam como crianças, como pessoas carnais (1 Coríntios 3:1).
O propósito do julgamento que Deus exige de nós não é para condenar ninguém ao castigo, mas para evitar o pecado e ajudar outros, também, ficarem livres do mal.
Se julgo, julgo com minha própria consciência moral, esta minha consciência moral é formada a partir de valores que foram imputados desde minha infância, isto é, meu julgamento é formado a partir do momento em que a percepção que possuo da atitude de quem julgo está aquém dos valores morais que recebi em meu ambiente familiar, ou em valores recebidos por meio de ensinos pedagógicos, ou em valores morais que a própria religião me ensinou a viver e, sobre acima de tudo isto está a idéia de que cada um dos meios de valores que possuo são influenciados pela sociedade da qual faço parte.
É nesse sentido que Jesus advertiu que não devemos julgar, a partir de nossa medida, a partir de nossos valores ou de nossa consciência, mas devemos julgar com equidade, a partir do que a bíblia diz. Pelo fruto conhecereis.
É pelos frutos, que deverão ser julgados se estão alinhados com o que diz a Palavra de Deus. Nossa própria consciência moral é baseada em valores que criamos ou imputados, e todos eles frutos de pensamentos humanos. Como poderia julgar alguém baseado em valores que são propriamente meus, sendo eu tão humano quanto a quem julgo? Meu julgamento torna-se portanto, um julgamento injusto, pois baseio-me em meus próprios valores morais, que julgo estarem de acordo com uma verdade que eu acredito a Verdade. Veja que este julgamento é um julgamento de Humano x Humano. É exatamente o que Jesus diz: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” (Mateus 7.3), o Senhor Jesus nesta passagem não deixa de reconhecer a realidade do julgamento realizado “há um argueiro no olho do irmão”, mas ele primeiro nos ensina a reparar na “trave” que estão no nosso próprio olho. E segue ensinado: “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Face a isto concluo que não posso a ninguém julgar sem que tenha valores maiores dos que possuo em minha consciência moral, para que não seja pego julgando algo que eu mesmo não pratico!
Ara alguém falar de mim, ou julgar-me em algo, tem que ser pelo fazer pelo menos 1º do que eu faço, aí sim poderá me julgar.
Jesus estava utilizando direcionando parte do Sermão da Montanha para condenar a atitude dos fariseus que julgavam segundo seus conceitos “mal-interpretados” da lei. Quando julgamos baseados em nossa própria consciência moral formada por valores familiares, educativos ou sociais, estamos julgando com base em valores que na maioria dos casos sempre falhamos em cumprir e se não cumprimos e ainda assim exercemos justiça nossa justiça não passa de um legalismo vaidoso que nos faz merecedores do título utilizado por Jesus no versículo 5: “Hipócrita”.
JULGUEIS COM EQUIDADE
Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim? Jeremias 5:30-31
Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. João 7:24
Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? I Coríntios 6:2-5
Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti -lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar -se, temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Gálatas 2:11-14
Em terceiro lugar está a turma do "deixa disso" alegando que toda crítica é perniciosa e causa divisões no corpo de Cristo. "temos que manter a unidade a qualquer custo".
que muito desta ignorância é alimentada pelos próprios indivíduos que gostam de se intitular "Pastores, Reverendos, Mestres, Doutores, Bispos" e, ultimamente, "Apóstolos". Em vez de ensinarem o que a Bíblia diz acerca da responsabilidade cristã de julgar preferem alimentar a ignorância do povo.
Este ato, o de alimentar a ignorância, visa à auto defesa que procura colocar estes indivíduos acima e fora do alcance de qualquer admoestação, censura ou repreensão. E infelizmente, para complicar ainda mais a situação, os crentes em geral se submetem a este tipo de abuso espiritual, fazendo-o, a grande maioria, de boa vontade. Este problema, a associação daqueles que têm a responsabilidade de guiar com aqueles que são guiados, para perverter a Palavra de Deus, não é novo.
O Profeta Jeremias diz o seguinte: "Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim? – ver Jeremias 5:30 – 31". Para entendermos de forma mais precisa estas palavras de Jeremias é necessário compreendermos o contexto em que elas foram ditas. A semelhança com os nossos dias, é inescapável
NÃO TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS
Dá ouvidos, ó pastor de Israel, tu que conduzes a José como um rebanho; tu que estás entronizado acima dos querubins, mostra o teu esplendor. Salmos 80:1
dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas. Salmos 105:15
Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?
Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo.
6 As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque. Ezequiel 34:1-6
Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. Mateus 9:36
presenciar um pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo, profeta ou algo que o valha, subir ao púlpito de uma comunidade qualquer e mandar ver um sermão acerca de “não toqueis nos meus ungidos”.
Junto com o sermão, bastante impróprio, diga-se de passagem, vem um besteirol que beira realmente às raias do ridículo. Estes sermões são todos motivados pelo conceito errado e realmente perverso de que aqueles que servem ao Senhor nas funções de pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo ou profeta etc, são realmente “servos especiais” que pertencem a uma categoria que é distinta de todos os outros crentes.
Como “servos especiais”, estas pessoas, pois existem homens e mulheres nesta categoria, imaginam que estão acima de qualquer tipo de crítica e que podem mandar e desmandar na Igreja do Senhor, porque, segundo eles mesmos, o Senhor lhes concedeu poder e autoridade “especiais”. Por este motivo todo e qualquer criticismo, não importa a intenção, será confrontado vigorosamente através de vários mecanismos entre os quais se encontra o famigerado sermão acerca de “não toqueis nos meus ungidos.
No Novo Testamento, o próprio Senhor Jesus tomou uma boa porção do Seu ministério para denunciar e confrontar aqueles que abusam espiritualmente de outras pessoas.
IMUNIDADE PASTORAL = IMUNIDADE POLITICA
No Novo Testamento, o próprio Senhor Jesus tomou uma boa porção do Seu ministério para denunciar e confrontar aqueles que abusam espiritualmente de outras pessoas.
Pastores, como líderes, gostam de pensar de si mesmo como pessoas diferenciadas, acima das outras pessoas. Gostam de se ver como sendo “especiais”, como super-crentes. Apesar de gostarem de se ver desta maneira, Deus não está nem por um segundo interessado em participar no jogo deles. Suas palavras são de condenação absoluta desde o começo: “Ai dos pastores de Israel” .
Aqueles homens achavam que as posições que ocupavam eram tão dignificadas que os tornavam, automaticamente, isentos e imunes a toda e qualquer forma de crítica. Não entendiam que as posições que ocupavam, bem como as funções que executavam, realmente, não os isentavam de ter que admitir seus erros, de ter que confessar seus pecados e de sofrer as graves conseqüências dos juízos de Deus, caso não se arrependessem.
Os que assim procedem, devem ter confundido imunidade parlamentar, com imunidade pastoral. Isso é coisa da política brasileira e não tem nada a ver com a Bíblia.
Esta palavra realmente dura da parte do Senhor é motivada pelo fato de que os pastores não são “donos” do rebanho de Deus e por este motivo não podem tratar o rebanho de Deus de qualquer maneira e muito menos de maneiras que sejam abusivas.
Pastores, como diz o apóstolo Pedro, não passam de cooperadores submetidos ao Senhor Jesus que é chamado de Supremo pastor – ver 1 Pedro 5:4. O motivo porque o Senhor usa tão duras palavras foi expresso de forma perfeita pelo profeta Jeremias quando diz: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! — diz o SENHOR – Jeremias 23:1.
Como são os “ungidos do Senhor” estão muito acima até mesmo da possibilidade de cometerem o menor pecado. Afinal eles ensinam, que pastores, não cometem erros nem pecados e não precisam nunca pedir perdão. E quando apertados, costumam sacar, sem a menor cerimônia, seu texto favorito que diz: Não toqueis nos meus ungidos! São realmente patéticos nestas horas.
A expressão “ungido do Senhor” é bíblica e ocorre exatas oito vezes no texto hebraico do Antigo Testamento. Seis destas oito menções fazem referência ao rei Saul. Uma faz referência ao Rei Davi e uma diz respeito ao Ungido do Senhor como aguardado pelo profeta Jeremias. As menções aos reis Saul e Davi, deixam bem claro que os ungidos do Senhor não eram homens imunes nem a erros, nem a críticas e muito menos à disciplina por parte do Senhor.
A expressão “teu ungido” é também bíblica e ocorre seis vezes no texto hebraico do Antigo Testamento. Destas seis, uma diz respeito ao rei Davi e todas as outras ao Ungido como esperado pelo povo de Israel. Novamente a referência ao rei Davi é um claro indicativo que o “ungido do Senhor” era alguém passível de cometer erros, de sofrer críticas e, no caso específico de Davi, de sofrer graves conseqüências por pecados cometidos.
A expressão “meu ungido”, da mesma forma que as duas anteriores, é bíblica e ocorre duas vezes no texto hebraico do antigo testamento. As duas referências dizem respeito ao Messias ou Ungido como esperado pelo povo de Israel.
Por sua vez, a expressão “seu ungido”, ocorre onze vezes no texto hebraico do Antigo Testamento e uma única vez no texto grego do Novo Testamento. Estas onze referências estão assim distribuídas:
  • 5 vezes fazem referência ao Ungido como o esperado Messias de Israel.
  • 3 vezes fazem menção a Saul.
  • 1 vez diz respeito à Eliabe, irmão de Davi.
  • 2 vezes a citação é referente ao rei Davi.
  • 1 vez ao imperador dos Medos, Ciro.
Desta maneira fica fácil notar que quando não se refere ao Ungido que representa o Senhor Jesus, os textos falam de homens que foram tão pecadores como qualquer um de nós. A unção para ser rei sobre o povo de Israel, conferida a Saul e a Davi, não era nenhuma garantia de que aqueles homens estavam imunes do poder do pecado, ou que não poderiam ser criticados e que estariam completamente isentos da disciplina de Deus.
Por fim restam as duas referências que trazem de forma explícita a expressão “não toqueis nos meus ungidos”. Estas referências são:
• 1 Crônicas 16:22 dizendo:
Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
• Salmos 105:15 dizendo:
Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
Antes de analisarmos estes versículos é necessário dizer que os mesmos são idênticos e isto por um bom motivo. O verso de 1 Crônicas é parte de uma compilação de Salmos que se estende do verso 7 até o verso 36 do capítulo 16 de 1 Crônicas.
Esta compilação contém partes dos salmos 96, 105 e 106.
Conforme dissemos, os dois versículos são idênticos, portanto, a interpretação de um servirá como interpretação para o outro também. A questão mais importante para nós, neste momento, é definir acerca de quem o salmista está falando? Quem são os ungidos do Senhor?
O contexto deixa isto bem claro, e por ele nós podemos ter certeza absoluta quem são as pessoas a quem o Senhor se refere como sendo os “ungidos do Senhor” e de “meus profetas”. Salmos 105:8 – 15 diz o seguinte 8 Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações;
9 a aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque;
10 o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel por aliança perpétua,
11 dizendo: Dar-te-ei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança.
12 Então, eram eles em pequeno número, pouquíssimos e forasteiros nela;
13 andavam de nação em nação, de um reino para outro reino.
14 A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis,
15 dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
O texto é absolutamente cristalino. Aqueles que são chamados de “ungidos do Senhor” e de “meus profetas” são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. São os Israelitas. Todos e cada um deles. Ninguém que pertença verdadeiramente ao povo de Israel é deixado de fora.
Portanto, como dissemos, o mito de que os pastores constituem-se em os “ungidos do Senhor”, como uma casta distinta e superior a todos os crentes, não passa realmente de uma invencionice perversa cujo único propósito é munir homens perversos com mecanismos que os possibilitem abusar de suas ovelhas.
Precisamos retornar, de maneira urgente, ao padrão bíblico do pastor-servo à imitação do próprio Senhor Jesus.
O Novo Testamento ensina exatamente a mesma coisa que é ensinada no Antigo Testamento. Todos os que pertencem ao Povo de Deus foram ungidos pelo próprio Deus. Todos os crentes verdadeiros, sem exceção recebem uma e rigorosamente a mesma unção.
Não existem cristãos mais ungidos que outros cristãos. E, definitivamente, não existem “ministérios ungidos”
O texto de 2 Coríntios 1:21 – 22 diz:
“Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração” .
Estes dois versos ensinam claramente que só existe uma unção e que todos os cristãos são participantes desta unção, pois o repartir da mesma é um ato do próprio Deus.
Quando Paulo diz que Deus nos ungiu, ele está dizendo que todos nós que somos genuinamente cristãos, fomos ungidos diretamente pelo próprio Deus.
Nas tradições judaicas era costumeiro a unção de reis, profetas e sacerdotes quando do início do exercício das suas funções. Isto pode ser observado em Êxodos 28:41 e 40:15 com relação aos sacerdotes; em 1 Reis 9:16 e Isaías 61:1 com relação aos profetas e em 1 Samuel 10:1;15:1; 2 Samuel 2:4 e 1 Reis 1:34 com relação aos reis de Israel. A palavra “ungido” é também usada para se referir, de modo todo especial, ao Senhor Jesus que é chamado de: Ungido (português) = Cristo (grego) = Messias (hebraico).
Jesus é o ungido por excelência de Deus já que Ele possui um triplo serviço como Rei, Profeta e Sacerdote. A expressão ungido também é usada para se referir a todos os crentes e indica que os mesmos são consagrados ou separados para o serviço de Deus pelo Espírito Santo. É por causa desta separação ou consagração, que somos chamados e considerados santos por Deus. O apóstolo João disse em 1 João 2:20
E vós possuis unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento”.
A conseqüência desta unção na vida de todos os cristão pode ser vista em alguns versículos mais adiante, no mesmo texto, quando João diz:
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou. Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda. Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele. – 1 João 2:27 – 29”.
Assim temos que existe somente uma unção, que todos os crentes receberam esta mesma unção e que Deus mesmo é aquele que nos unge. Não devemos, portanto, ter medo de desmascarar a qualquer um que pretenda ser possuidor de algum tipo especial de unção. Unção especial só existe uma: é aquela com Deus mesmo ungiu a todos os crentes, sem exceção! Qualquer outra invencionice não passa de pretensão e orgulho humano querendo aparecer
Pastores abusadores são todos aqueles que acham que os termos usados no Novo Testamento para descrevê-los, termos como pastores, presbíteros e bispos, são realmente títulos e indicadores de posição. Nas suas pequeninas cabeças imaginam que os “títulos” que possuem os habilitam a dominar, governar e até reinar sobre o povo de Deus.
O chamado não é para dominar mas para apascentar.
Como pode ser facilmente percebido as três palavras, pastor, presbítero e bispo, são meras descritoras das funções que precisam ser executadas e não fazem nenhuma referência a algum tipo de hierarquia que deva existir na Igreja dos Ungidos do Senhor! Os termos que o Novo Testamento usa de pastor, presbítero e bispo não descrevem ofícios e sim as funções que precisam ser desempenhadas por aqueles chamados para cuidar do povo de Deus.
Precisamos, urgentemente, pedir que Deus suscite uma nova geração de pastores que possuam genuínos corações de servos. Corações que estejam realmente no servir o povo de Deus e não em serem servidos.
E, por favor, vamos aprender de uma vez por todas, que igrejas e ministérios multimilionários, não servem realmente aos propósitos de Deus de levar o evangelho a todas as pessoas deste mundo.
Você precisa estar disposto a obedecer ao Senhor e a ignorar aqueles que, usando o nome do Senhor, desejam somente escravizá-lo. Lembre-se, em todos os lugares onde o Espírito do Senhor está existe verdadeira liberdade – ver 2 Coríntios 3:17. Qualquer outra situação não passa de engodo para manter as pessoas cativas.
Essas questões não devem ser entendidas como rebeldia. Pois a cadeia de autoridade dentro da igreja continua efetiva biblicamente falando, mas este texto é para os pastores profissionais, que trabalham que o marketing e não com a Palavra.
Lembre-se também, que na grande maioria das vezes, pastores abusadores e seus seguidores, agem de maneira completamente irracional. Agem como verdadeiros pit-bulls, atacando sem nenhuma justificativa plausível. Uma das maneiras mais comuns deste tipo de irracionalidade é tratar as pessoas como se elas não existissem. Ai! Como dói um irmão de muitos anos, de repente, virar o rosto e fingir que você não existe! Isto é o que eu chamo de atitude irracional.
Bem, deixe-me dizer isto bem alto: NÓS NÃO TEMOS NENHUMA OBRIGAÇÃO DE NOS RELACIONAR COM PESSOAS IRRACIONAIS! Portanto, não se acanhe, tome uma decisão definitiva, de banir de sua vida, de uma vez por todas, estas pessoas que te tratam desta maneira
Este texto é somente para os maus pastores, aqueles que tosquiam e abusam não de suas ovelhas, porque não as têm, mas abusam das ovelhas de outros apriscos.
Que sejamos como o Senhor Jesus recomendou:
Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor. Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda – Mateus 20:20 – 21.
O pedido de Tiago e João visava satisfazer a uma das necessidades mais básicas que existem em todos os seres humanos que é ter autoridade sobre outros que são seus iguais! Este é um sério problema dos seres humanos: o desejo de quererem ser “mais” iguais que os outros.
É óbvio que os outros discípulos, sendo também humanos, não aplaudiram o pedido feito por Tiago e João. E por que não? Porque cada um dos outros dez discípulos desejava ocupar, ele mesmo, um daqueles lugares à direita e à esquerda do Senhor Jesus, no Seu reino glorioso.
De fato o texto bíblico diz que os dez ficaram indignados com os dois irmãos – ver Mateus 20:24. O Senhor Jesus tratou com bastante firmeza aquela situação, procurando mostrar aos discípulos que as regras que deveriam existir entre eles eram diversas das regras que existiam entre as pessoas que não são discípulos de Jesus. Ele disse:
Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os dois irmãos. Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos – Mateus 20:24 – 28
Fonte
Denis Allan.
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/p187.asp
Leonardo Martins – Julgamento e tolerância.
pr. Alex M. Petrakius – Abuso de autoridade

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